O encontro será aberto
amanhã, 10/09, em Rio Branco, e vai até
o dia 12/09. A região enfocada é formada
pelos rios Juruá, Purus e pelo estado do
Acre, uma entre as sete estudadas pelo projeto Avaliação
e Identificação de Ações
Prioritárias para a Conservação,
Utilização Sustentável e Repartição
dos Benefícios da Biodiversidade na Amazônia
Brasileira.
A senadora Marina Silva (PT-AC)
abre amanhã (10/09), no Hotel João
Paulo, em Rio Branco, o seminário Análise
da implementação de ações
para o uso, conservação e repartição
de benefícios da biodiversidade na Região
Juruá/Purus/Acre. Em seguida, falará
o novo presidente da Funai, Artur Nobre Mendes.
O evento terá representantes das instituições
organizadoras - como o Instituto Socioambiental
(ISA), o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o
Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), a SOS
Amazônia, a Secretaria de Biodiversidade e
Florestas do Ministério do Meio Ambiente
(MMA) - , diversas organizações regionais,
pesquisadores e cientistas de todo o Brasil.
O seminário pretende atualizar e aprofundar,
em escala regional, as informações
oriundas do projeto Avaliação e Identificação
de Ações Prioritárias para
a Conservação, Utilização
Sustentável e Repartição dos
Benefícios da Biodiversidade na Amazônia
Brasileira, que culminou no Seminário Consulta
de Macapá (AP), realizado em setembro de
1999.
Na época, cerca de 200 pessoas, entre cientistas,
pesquisadores e representantes dos diferentes órgãos
do MMA, governos estaduais e locais, universidades,
institutos de pesquisa, lideranças do movimento
social e ONGs uniram esforços para a identificação
das 385 áreas prioritárias para a
conservação e uso sustentável
na Amazônia Brasileira, sendo 122 em unidades
de conservação (UCs) e 148 em Terras
Indígenas. A partir das informações
levantadas no Seminário de Macapá,
foram feitas recomendações para o
estabelecimento de alternativas que aliem conservação
e melhoria da qualidade das populações
tradicionais. Os resultados do projeto foram publicados
no livro "Biodiversidade na Amazônia
Brasileira".
O encontro que começa amanhã reunirá
informações levantadas pelos diversos
participantes da sociedade civil e do governo, como
a apresentação de um panorama da situação
no Acre e no Amazonas, incluindo um cenário
de oportunidades econômicas; o planejamento
da Funai, do Ibama e do Incra de cada estado; e
uma análise do que foi ou não foi
implementado quanto às recomendações
de Macapá e o porquê.
Os participantes serão reunidos em dois grupos
regionais - Acre e Amazonas -, com o objetivo de
ajustar as ações prioritárias
propostas para suas respectivas áreas e,
se for o caso, propor novas ações
prioritárias. Os grupos também criarão
uma agenda para tratar das ações prioritárias
e seus entraves, bem como indicarão um grupo
de pessoas e instituições interessados
em implementar essas recomendações
e monitorar o processo. Ao fim do seminário,
os grupos se fundirão para apresentar e discutir
os resultados dos trabalhos, além de elaborar
uma agenda regional de soluções.
Seminários similares estão previstos
para serem realizados nas outras seis regiões
analisadas no Seminário de Macapá:
Escudo das Guianas, Rio Negro/Rio Branco, Várzeas
Solimões/Amazonas, Baixo Xingu/Tapajós/Madeira,
Alto Xingu/Tapajós/ Roraima/Mato Grosso e
Araguaia/ Tocantins/ Maranhão.