Panorama
 
 
 

ENERGIA POSITIVA: A UTILIZAÇÃO DE FONTES RENOVÁVEIS
ESTÁ SENDO CADA VEZ MAIS DISCUTIDA

Panorama Ambiental
São Paulo - Brasil
Outubro de 2002

Depois da Cúpula de Johannesburgo, a utilização de fontes renováveis esta sendo cada vez mais discutida. A campanha global "Escolha energia positiva" procure levar energia limpa para o mundo inteiro.

As últimas descobertas científicas confirmam aquilo que muitos suspeitavam há tempos: as ameaças das mudanças climáticas são ainda piores do que imaginávamos. Os impactos do aquecimento global estão muito bem documentados e incluem ameaças econômicas e sociais, além dos perigos ambientais. A existência de países localizados em áreas baixas do Pacífico está ameaçada. Muitas espécies de mamíferos e pássaros correm o risco de ser extintos e ecossistemas inteiros, como é o caso dos mangues e recifes de corais, podem desaparecer.


Essas alterações são causadas, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis. A indústria, a produção de energia e o transporte queimam quantidades gigantescas de petróleo, carvão mineral e gás natural, gerando anualmente bilhões de toneladas de gás carbônico (CO²) que são lançadas na atmosfera.

O Greenpeace acredita que todas as companhias de energia do mundo deveriam substituir, gradativamente, a produção, utilização e investimento em combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia.

Uma grande passo no sentido de reduzir as emissões de CO² e outros gases responsáveis pelo efeito estufa é a ratificação do Protocolo de Kyoto.

É essencial que os Estados Unidos, responsáveis por quase 40% das emissões mundiais de CO² atualmente, comprometam-se a levar adiante ações e práticas internas que reduzam as emissões de gases estufa e tragam o país de volta ao processo de kyoto.

A atual posição dos Estados Unidos quanto a essa questão é apoiada e, muitas vezes, direcionada por empresas e indústrias norte-americanas, em especial por aquelas ligadas ao petróleo.

No entanto, até mesmo as empresas têm reconhecido a necessidade urgente de olhar para esta questão com atenção redobrada.

Uma declaração conjunta, feita durante a Rio +10, colocou o Greenpeace e o Conselho Mundial Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável do mesmo lado desta batalha: "apesar de nossas conhecidas diferenças, estamos bastante frustrados com a falta de vontade políticas e de decisões governamentais para cumprir os compromissos feitos há dez anos no Rio, incluindo a Agenda 21.
Considerando a gravidade dos riscos impostos pelas mudanças climáticas e a necessidade de reduzir as emissões dos gases estufa, estamos, neste momento, superando nossas diferenças em outros assuntos e pedindo que os governos sejam responsáveis e tracem um plano para acabar com as mudanças climáticas, tendo como base a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de kyoto. Tanto o Greenpeace quanto o Conselho Empresarial acreditam que este primeiro passo é essencial".

Quais as causas das mudanças climáticas?

A Terra é cercada por uma delicada camada de gases que filtram o calor do Sol e mantêm a vida no planeta. Esses gases ajudam a equilibrar as condições climáticas da Terra, como a temperatura e as chuvas. Esse fenômeno natural é chamado de efeito estufa. A atividade humana está intensificando o efeito estufa através da emissão de bilhões de toneladas a mais de CO² e de outros gases estufa. Como resultado, a temperatura global está aumentando, o que desestabiliza todo o clima.

As demandas do Greenpeace

  • A ratificação do Protocolo de Kyoto
  • A aceleração do processo de Kyoto. Após dar o primeiro passo, os governos precisam agora prosseguir, a fim de que os países industrializados reduzam suas emissões de gases do efeito estufa, o que significaria um corte de pelo menos 80% das emissões até 2050.
  • Uma maior compreensão com relação às fontes renováveis de energia e seu papel na substituição da energia proveniente de combustíveis fósseis.

Energia limpa já!

A campanha "Escolha Energia Positiva" do Greenpeace está promovendo um maior entendimento sobre as fontes renováveis de energia. Esta é a única saída para o perigoso ciclo das mudanças climáticas. Aumentar a confiança em combustíveis fósseis significa aumentar as emissões de CO² e outros gases do efeito estufa, o que enfraquece qualquer esforço feito para proteger o clima da Terra. Saiba mais sobre as fontes renováveis de energia:

O poder do vento

  • O vento existente nos seis continentes do planeta é suficiente para suprir o consumo mundial de energia em mais de quatro vezes o nível atual de consumo. A energia eólica já é uma história de sucesso e gera eletricidade para milhões de pessoas, empregos para dezenas de milhares de seres humanos e bilhões de dólares de lucro.
  • Na China, a capacidade de geração de energia através do vento deve dobrar em 2002
  • Desde o início dos anos 70, o governo dinamarquês apóia o desenvolvimento e a implementação de uma forte indústria de energia eólica, especialmente através de abatimentos em impostos e investimentos públicos. Na Dinamarca, existem mais pessoas trabalhando na indústria de energia eólica do que na pesca
  • Na Mongólia, geradores portáteis de energia eólica são bastante usados por povos nômades em lâmpadas, rádios e outros aparelhos elétricos.

O poder do sol

  • A luz solar que ilumina a terra a cada hora é suficiente para suprir as necessidades humanas por um ano inteiro. Há muitas maneiras de utilizar esta fonte de energia:
  • Coletores solares térmicos, que podem aquecer a água e o ar para casas e instalações industrias; ou energia solar fotovoltaica (PV), que gera eletricidade diretamente a partir da luz do sol. Simples, confiável, segura, e silenciosa, é uma eletricidade livre de qualquer poluição.
  • Países em desenvolvimento instalaram mais de um milhão de sistemas domésticos de energia solar.
  • Existem aproximadamente 150 mil sistemas domésticos de energia solar no Quênia, mais de 100 mil na China, 60 mil na Indonésia e mais de 300 mil lanternas solares na Índia.

O poder da biomassa

Plantações podem ser cultivadas especificamente para a produção de combustíveis e a compostagem de material vegetal também pode ser usada para produzir gás metano, que, por sua vezes, pode ser utilizado como combustível. No entanto, cultivos geneticamente modificados não devem ser usados com essa finalidade, bem como não devem haver emissões tóxicas (provenientes, por exemplo, do uso de agrotóxicos) resultantes da queima desse tipo de combustível. Resíduos florestais e agrícolas também podem ser usados para produzir eletricidade e aquecer, sem causar o aumento dos níveis de CO².

O poder das pequenas hidroelétricas

  • Os projetos de usinas hidroelétricas de pequena escala usam o fluxo natural das águas dos rios para gerar eletricidade. Unidades hidroelétricas familiares contam com pequenas turbinas que usam o fluxo da água para gerar eletricidade para casas.
  • Mais de 100 mil famílias no Vietnã usam pequenas turbinas de água para gerar eletricidade.
  • Mais de 45 mil pequenos projetos de pequenas hidroelétricas estão sendo usados na China, gerando energia para mais de 50 milhões de pessoas.

Greenpeace protesta contra indústria de petróleo

O Greenpeace não deixou que o Congresso Mundial de Petróleo, realizado no Rio de Janeiro, passasse sem protestos.

No dia 05 de setembro, ativistas foram ao Rio-centro para entregar o cadáver da Rio +10 aos participantes do Congresso, os principais culpados pelo fracasso da conferência da África do Sul.

Um ativista que tinha o logo da Esso estampado em sua cartola representava a indústria de petróleo e comandava uma "marionete" do presidente norte-americano, George W. Bush, representada por outro ativista. Os dois enterravam simbolicamente a Cúpula de Johannesburgo; na lápide, a mensagem:

"Aqui jaz a Rio +10". Enquanto isso, outros manifestantes derramavam óleo sobre a placa do Congresso colocada na entrada do centro de convenções.

Além disso, foram distribuídos panfletos para os participantes do Congresso, explicando sobre as fontes renováveis de energia e os danos causados pela indústria de combustíveis fósseis.

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Fotos: Greenpeace

 
 
 
 

 

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