O zootecnista e entomólogo
Fernando Grossmann vai ministrar um curso sobre
criação de abelhas jataí, aos
sábados, no Parque Estadual Alberto Loefgren,
antigo Horto Florestal. Com um total de dez aulas,
incluindo práticas em campo, o programa proporcionará
noções gerais sobre a biologia, reprodução,
organização das colméias, manejo,
captura e transporte de colônias, entre outros
aspectos.
O curso é organizado pela União Latino-Americana
das Mulheres - ULAM, uma organização
não-governamental com sede no Parque Estadual
Alberto Loefgren. A taxa de inscrição
é de R$ 100,00. Maiores informações
na sede da entidade, na Rua do Horto, 931, Casa
12, ou pelos telefones 11-6233.2206 ou 6203.1424.
Abelhas indígenas
Segundo Fernando Grossmann, que
já trabalhou na Estação Experimental
de Apicultura do Instituto de Zootecnia e no Museu
de Zoologia, existem mais de 300 espécies
de abelhas indígenas, nativas do Brasil,
entre as quais a jataí, que se adapta muito
bem às condições urbanas. Trata-se
de uma espécie extremamente dócil,
com ferrão atrofiado, prestando-se muito
bem para criação para fins ornamentais
e como passatempo.
Pertencente à família dos meliponídeos
(Trigona jaty), a jataí tem cabeça
e tórax pretos, abdome escuro com o primeiro
segmento amarelo e pernas escuras com tons amarelados.
Na natureza, nidifica em árvores ocas, nos
interstícios de pedras, em rochas e muros.
A entrada do ninho é um tubo semelhante a
um dedo de luva, geralmente ramificado, o que originou
as designações sete-portas e três-portas.
Embora a produção seja pequena, o
mel é de excelente qualidade, possuindo propriedades
medicinais. Além de polinizador, a abelha
é um indicador biológico das condições
ambientais.