Sobram uns tantos exemplares no Brasil. Mas nem mesmo
a população do pato-mergulhão
é conhecida. Sabe-se, porém que a ave
é um bom indicador de qualidade ambiental.
O mergus vive em habitats montanhosos com rios encachoeirados,
onde pode desfrutar de águas correntes sempre
muito limpas, condição fundamental para
sua sobrevivência. A reunião com os estudiosos
é organizada pela Diretoria de Fauna e Recursos
Pesqueiros do Ibama. O evento será no Hotel
Kubitscheck Plaza, a partir das 9 horas.
As causas do declínio populacional do pato-mergulhão
são pouco conhecidas. Todavia, sabe-se que
o sedentarismo típico da espécie a torna
vulnerável à ação dos
caçadores e à degradação
do habitat provocada pela construção
de represas nos rios, atividades agrícolas,
madeireiras e de mineração. A intensa
visitação de observadores de aves nas
regiões de ocorrência do pato é
outro fator que contribui para afugentar as aves.
"Apesar de extremamente ameaçada, houve
poucas ações de conservação
do mergus no Brasil e nós precisamos tirar
esse atraso", diz o diretor de Fauna e Recursos
Pesqueiros do Ibama, José de Anchieta dos Santos.
Áreas de ocorrência
As duas principais
áreas de ocorrência do pato-mergulhão
no Brasil estão localizadas na Serra da Canastra,
em Minas Gerais - único local onde houve
registro de reprodução da espécie
-, e na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
Nas duas regiões, o Ibama mantém extensos
parques nacionais destinados à proteção
da fauna e da flora nativas. Os planos de manejo
das duas Unidades de Conservação contemplam
ações de conservação
do mergus. Também há registros da
presença do pato mergulhão no Jalapão,
em Tocantins, no Paraná e na Bahia.