O Ministério do Meio Ambiente
e a Fundação OndAzul assinam hoje
termo de parceria para implementar um projeto de
Gestão dos Recursos Ambientais do Baixo Sul
da Bahia. Com duração prevista até
maio de 2005, o projeto financiado pelo Fundo Nacional
do Meio Ambiente (FNMA) beneficiará cerca
de 2000 famílias em sete municípios
da região. O objetivo do projeto é
estudar e implementar alternativas de desenvolvimento
sustentável que possibilitem à população
das vilas a geração de renda sem sobrecarregar
a extração dos recursos naturais.
Um projeto piloto, também apoiado pelo FNMA,
foi instalado no município de Cairú
em 2000 e introduziu na vila de Guarapuá
alternativas de maricultura. O novo projeto estenderá
o modelo de gestão participativa e descentralizada
dos recursos ambientais para outras comunidades
do litoral do Baixo Sul Baiano. Um dos meios para
atingir o objetivo de associar o desenvolvimento
social e econômico com a conservação
ambiental, é a realização de
diagnósticos da capacidade de recarga dos
ecossistemas da área e da viabilização
de tecnologias sustentáveis para as populações
locais.
Para estender o processo de gestão descentralizada
para os demais municípios da região,
a Fundação OndAzul programou um curso
de capacitação em gestão ambiental.
O objetivo é formar periodicamente um time
de especialistas oriundos do Baixo Sul da Bahia
para que se transformem em catalisadores e multiplicadores
de atitudes ambientalmente adequadas.
O Baixo Sul, e em específico o município
de Cairu, vem sendo o foco de uma grande demanda
do turismo de massas, pelos recursos ambientais
espetaculares desta região da Mata Atlântica.
O confronto de uma atividade turística sem
planejamento poderá pôr em risco estes
ambientes que ainda se encontram em alto estado
de preservação. Para evitar este cenário,
o projeto prevê a capacitação
da comunidade para atender o incremento do turismo.
Além das alternativas de extrativismo marinho,
que possibilitarão o fornecimento de alimentos
para uma população maior, serão
incentivadas oficinas de artesanato, buscando privilegiar
a utilização dos recursos naturais
da própria ilha. A capacitação
de artesões, além de gerar alternativa
de renda, diminui a pressão sobre os recursos
marinhos.