Panorama
 
 
 

QUESTÃO AMBIENTAL AGORA É PARTE INTEGRANTE
DA POLÍTICA PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS DO ESTADO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2002

A partir de agora, os cuidados com o meio ambiente fazem parte, oficialmente, da pedagogia nas escolas da rede estadual. A nova prática pedagógica, que será será subsidiada pelas Associações de Pais e Mestres (APMs) e introduzida inicialmente em 390 escolas estaduais do interior do estado, está sendo possível graças à parceria selada neste dia 20/11 entre as Secretarias de Estado do Meio Ambiente e da Educação, em cerimônia realizada no auditório da sede da Secretaria estadual da Educação, em São Paulo. O evento, que reuniu cerca de 600 pessoas, foi marcado pelo lançamento do Programa de Coleta Seletiva e Educação Ambiental, pelos secretários estaduais do Meio Ambiente, Professor José Goldemberg, e da Educação, Gabriel Chalita.

O programa, que inicialmente será efetivado em 390 escolas dos municípios de Americana, Santa Bárbara D`Oeste, Bragança Paulista, Bom Jesus dos Perdões, Capivari, Tietê, Cordeirópolis, Iracemápolis, Rio Claro, Santa Gertrudes, Charqueada, São Pedro, Iaras, Santo André, Cubatão, São José dos Campos, Sumaré e Capela do Alto, deverá ser gradativamente ampliado até que envolva todas as 6.100 escolas do Estado de São Paulo.

A parceria entre as duas secretarias se dará da seguinte forma: da parte da Secretaria do Meio Ambiente (SMA), técnicos da Coordenadoria de Educação Ambiental - CEAM promoverão cursos de capacitação dos professores, diretores, supervisores, assistentes técnicos pedagógicos e dirigentes de ensino.

Estes, por sua vez, transmitirão todo conhecimento sobre coleta seletiva, reciclagem e reaproveitamento do lixo a aproximadamente 6 milhões de alunos matriculados na rede estadual de ensino. Os educadores receberão um "kit" de divulgação, com cartazes sobre o tema "Tempo de decomposição de alguns materiais na natureza" e publicações como o "Guia Pedagógico do Lixo, Coleta Seletiva na Escola e Lixo: uma possibilidade de todos nós".

"Ações técnicas e educativas em relação à questão do lixo são importantes. Mas quem promoverá a verdadeira mudança são vocês, educadores, que terão a responsabilidade de formar a consciência ambiental nos alunos e melhorar a qualidade de vida", afirmou o secretário José Goldemberg, para uma platéia repleta de diretores e professores da rede pública de ensino.

A mesma opinião foi compartilhada pelo secretário Gabriel Chalita, que, ao defender o conceito de "escola-cidadã", acrescentou que "a idéia é estimular a criação de programas voltados ao resgate de valores ligados à vivência da cidadania. Dessa forma, o aluno poderá se envolver na concepção e no desdobramento de numerosos projetos, por meio de um comportamento pró-ativo, responsável e cooperativo. O papel da escola hoje é muito mais amplo e complexo do que há algumas décadas. Cabe a ela não só ensinar, mas auxiliar a formar o cidadão", observou.

Situação dos resíduos

O Estado de São Paulo produz hoje cerca de 20 mil toneladas/dia de lixo, segundo dados do último inventário anual de resíduos sólidos produzido pela CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental e apresentado no evento, pelo eng. Fernando Volmer.

Apesar do grande volume produzido, o lixo doméstico gerado tem sido melhor disposto no ambiente, em comparação com os dados levantados no inventário produzido entre 1997 e 1998. Em 2000 (ano-base do último inventário), o número de aterros inadequados reduziu em 31,1%. No entanto, este último relatório apresenta uma estatística social preocupante: o aumento do número de catadores nos aterros, com o registro da presença de 3.238 catadores adultos e 448 adolescentes e crianças, com idade até 14 anos, totalizando cerca de mil pessoas a mais que no ano anterior.

Estes números reforçam ainda mais a necessidade de se implantar programas de reciclagem e reaproveitamento do lixo gerado. Dados levantados por uma comissão da ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química indicam a existência de 180 empresas de reciclagem instaladas na Grande São Paulo, em 39 municípios. Juntas, respondem por aproximadamente 13 mil toneladas/mês de material reciclado. Os plásticos pós-consumo são responsáveis por 49% do total gerado, hoje em torno de 6,5 mil toneladas mensais.

Coleta Seletiva e Reciclagem

Um total de 35% dos detritos que acabam indo para os aterros são compostos por materiais que poderiam ser reutilizados ou reciclados, afirma Irene Sabiá, da CEAM. "Numa sociedade em que a cultura do descarte seletivo ainda é incipiente, não resta dúvida", observa a pedagoga, "de que a escola, formadora das novas gerações e incentivadora da educação cidadã, pode exercer um papel importante na reversão desse quadro".

O material de capacitação distribuído pela SMA mostra, claramente aos alunos, a diferença entre coleta seletiva e reciclagem. A coleta seletiva é um sistema de recolhimento de materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados. A coleta seletiva funciona, também, como um processo de educação ambiental na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo.

Já a reciclagem é o processo de transformação de um material, cuja primeira utilidade terminou, em outro produto; por exemplo: transformar o plástico da garrafa PET em cerdas de vassoura ou fibras para "moleton". A reciclagem gera economia de matérias-primas, água e energia, é menos poluente e alivia os aterros sanitários, cuja vida útil é aumentada, poupando espaços preciosos da cidade que poderiam ser usados para outros fins como parques, casas e hospitais, entre outros.

 
 
Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Renato Alonso)
 
 
 
 
 
 

 

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