CHEGA A SÃO
PAULO A ARARINHA-AZUL
ENCONTRADA NOS ESTADOS UNIDOS
Panorama Ambiental
São Paulo – Brasil
Dezembro de 2002
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Chega no dia 23/12, às
07h15 - vôo RG 8819 - no Aeroporto Internacional
de Guarulhos, em São Paulo, uma ararinha-azul vinda
dos Estados Unidos. Trata-se da segunda ave dessa espécie
repatriada este ano para o Brasil e que deverá
integrar o Programa de Recuperação da Ararinha-Azul,
coordenado pelo Ibama. Às 10 horas, o gerente-executivo
do Ibama no Estado de São Paulo, Wilson Lima, o
coordenador de Proteção de Espécies
da Fauna do Ibama, Carlos Bianchi, e o diretor da Fundação
Parque Zoológico de São Paulo, Paulo Bressan,
apresentarão a ararinha-azul e darão explicações
sobre o acordo que permitiu o deslocamento da ave para
o Brasil.
A existência da ararinha só foi comunicada
ao Ibama em agosto deste ano pelo Serviço de Pesca
e Vida Selvagem - U.S Fish and Wildlife Service, que investiga
a origem provavelmente ilegal da ave. A ararinha-azul,
considerada extinta na natureza, tem sua população
restrita a 54 indivíduos cativos em vários
países. O último representante selvagem
da espécie desapareceu há dois anos no sertão
da Bahia, única região do mundo onde ocorre
a espécie. No Brasil, existem atualmente seis ararinhas
azuis: duas no zoológico de São Paulo e
quatro no Criadouro Conservacionista Chaparral, em Recife.
A sétima ararinha do plantel brasileiro será
submetida a um período de quarentena no zoológico
de São Paulo para que os estudiosos avaliem suas
condições físicas. A ave tem aproximadamente
25 anos, é um macho e, teoricamente, ainda pode
se reproduzir. Devido ao altíssimo grau de ameaça
de extinção dessas aves, os especialistas
ligados ao Programa de Recuperação da Ararinha-Azul
estudam minuciosamente as possibilidades de cruzamento
entre os indivíduos remanescentes.
Os casamentos são definidos partir de estudos genéticos
de cada ave e com o auxílio de programas de computador.
Só então é que inicia-se o complexo
trabalho de manejo como o que ocorre neste momento no
Criadouro Chaparral, onde um casal de ararinhas convive
desde o mês de setembro na esperança de que
possa se reproduzir. A reprodução em cativeiro
já ocorre com sucesso no Brasil. A esperança
dos cientistas é compor uma população
geneticamente viável para a reintrodução
na vida selvagem.
Fonte:
Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom