IBAMA REALIZA CURSO SOBRE CAPIVARAS
EM PIRASSUNUNGA
Panorama Ambiental
São Paulo - Brasil
Dezembro de 2002
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A gerência executiva
do Ibama no Estado de São Paulo realizará,
entre os dias 2 e 6 de dezembro, o 1º Curso de Capacitação
em Diagnóstico Populacional, Manejo e Sanidade de
Populações Naturais de Capivaras em Pirassununga
(SP). O encontro, que terá início às
10h, será realizado no Campus da USP em Pirassununga.
O objetivo do curso é capacitar técnicos do
Ibama, da Superintendência de Controle de Endemias
(Sucen), prefeituras municipais, Centros de Controle de
Zoonoses, Casas da Agricultura e universidades no diagnóstico
e manejo de capivaras de vida livre.
Durante o curso serão debatidos os seguintes temas:
"Ecologia e Comportamento da Capivara"; "Plano
de Manejo de Capivaras no Estado de São Paulo";
"Aspectos Legais do Manejo"; "Do Monitoramento
Populacional ao Manejo Sustentável : Flutuação
e Taxa de crescimento"; "Doenças Transmitidas
por Carrapatos"; "Biologia e Taxonomia de Carrapatos";
"Potencial Zoonótico da Capivara"; "Método
de Ceva, Captura, Manejo e Transporte de Capivaras",
entre outros.
Deverão participar cerca de 50 técnicos, que
atuarão na avaliação de problemas relacionados
com capivaras, monitorando e manejando populações
de vida livre. A promoção do curso é
do Ibama com o apoio da Sucen, do Laboratório de
Ecologia Animal da Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (Esalq) da USP, do Departamento de Medicina Veterinária
Preventiva e Saúde Animal da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, e da Prefeitura
do Campus da USP/Pirassununga.
Capivaras resgatadas - O Ibama, em parceria com o Departamento
de Água e Energia Elétrica (DAEE), coordenou
a retirada das capivaras que viviam na calha do rio Tietê
por conta das obras de rebaixamento da calha do rio. Os
animais foram encaminhados para o Parque Ecológico
do Tietê, de onde começaram a migrar para o
rio Tietê no início da década de 90.
O trabalho de retirada começou em julho e chega agora
em sua fase final.
Segundo o gerente executivo do Ibama no Estado de São
Paulo, Wilson Lima, das 64 capivaras avistadas em maio,
34 foram capturadas durante as operações de
resgate, nove morreram atropeladas e uma morreu durante
a captura. "A fase final de resgate prevê vistorias
permanentes em toda extensão da obra e capturas eventuais
realizadas pelo DAEE, responsável pela obra de rebaixamento
da calha do rio. Ainda não descartamos a hipótese
de ocorrência de óbitos em áreas de
risco", disse.
Ele informou que em toda operação de resgate
de animais, apenas um percentual pode ser capturado, "ainda
mais nas condições de uma obra já em
andamento, onde a pressão de dispersão vai
aumentando progressivamente e as condições
de captura são arriscadas tanto para os animais quanto
para os técnicos", ressaltou o gerente do Ibama.
Ele explicou ainda que a migração de animais
provenientes de córregos, canais e rios que desembocam
neste trecho urbano do rio Tietê poderá proporcionar
o aparecimento de novos grupos de capivaras na calha do
rio Tietê.
Lima destacou que a boa notícia do Plano de Manejo
e Conservação de Capivaras da Calha do Rio
Tietê foi o compromisso do DAEE em subsidiar duas
pesquisas que serão desenvolvidas pela Esalq e Faculdade
de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP nos próximos
quatro anos. As pesquisas deverão elucidar questões
relacionadas ao manejo adequado desta espécie em
áreas urbanas e as questões sanitárias
associadas às capivaras. "A expectativa é
que nos próximos dois anos teremos um programa racional
de manejo populacional da espécie em áreas
de risco da cidade de São Paulo, considerando o mapeamento
de habitats e diagnóstico das populações,
além dos resultados das pesquisas de zoonoses associadas
à espécie", concluiu.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
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