IBAMA REGULAMENTARÁ O COMÉRCIO
DE JABUTIS,
IGUANAS E JIBÓIAS COMO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Panorama Ambiental
São Paulo - Brasil
Dezembro de 2002
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Deverá sair no início
do ano que vem a autorização e a regulamentação
do Ibama para o comércio de jabutis (Geochelone carbonaria
e G. denticulata), iguanas (Iguana iguana) e jibóias
(as subespécies Boa constrictor constrictor e Boa
constrictor amarali) como animais de estimação
(pets). A decisão já foi aprovada pela Câmara
Técnica Federal de Fauna, órgão consultivo
do Ibama formado por especialistas de várias instituições
de ensino, pesquisa e organizações não
governamentais de todo o país. A informação
é do diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama,
José de Anchieta dos Santos. Segundo ele, além
de não estarem ameaçados de extinção,
existe grande excedente desses animais nos zoológicos
e nos criadouros credenciados pelo instituto.
José de Anchieta adianta que, apesar de a Câmara
Técnica ter sugerido a inclusão de outras
espécies na portaria que regulamentará o comércio
de pets, o Ibama decidiu pela precaução. "Em
relação aos três tipos de répteis,
sabemos que há demanda no mercado e animais suficientes
para se estabelecer o mercado de maneira legal", esclarece
o diretor. A regulamentação, diz ele, evitará
que os animais sejam retirados ilegalmente da natureza.
Quando regulamentada, a venda dos animais silvestres deverá
obedecer a critérios técnicos indispensáveis,
tais como a marcação dos animais por meio
de chips eletrônicos para identificação
de origem, o certificado sobre as condições
de saúde dos animais e as instruções
sobre como criá-los. Com a iniciativa, o Ibama criar
na sociedade a consciência de que, desde que seja
de maneira legal e com orientação técnica
adequada, a criação de animais selvagens como
pet pode ser um fator para se evitar o tráfico e
colaborar para a conservação ambiental.
Produtores da Bahia exportam jabutis A criação
de jabutis em cativeiro tornou-se a porta de entrada para
produtores rurais nordestinos no cobiçado mercado
internacional de animais de estimação. Desde
1997, quando o Ibama regulamentou a criação
e o comércio da espécie, dois pequenos produtores
da Bahia já exportaram cerca de cinco mil desses
animais. Estados Unidos e Japão são os principais
compradores. Desde que criados em cativeiros legalizados
pelo Ibama, os quelônios podem ser comercializados
livremente. Um jabuti, de origem legal, devidamente marcado
com um chip eletrônico, pode ser comprado nas lojas
do Brasil por até cem reais, preço que pode
dobrar lá fora.
O jabuti (Geoquelone carbonaria) é um animal fácil
de ser criado em um plantel comercial. Come de tudo e requer
tratos veterinários mínimos. As instalações
do criadouro têm baixo custo e o mercado está
à espera de animais silvestres legalizados. O Ibama
estimula a criação desses animais em cativeiro.
Duas portarias editadas pelo instituto em 1997 regulamentam
a criação e o comércio das espécies
que podem ser criadas com fins comerciais, entre elas o
jabuti.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
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