Indicação da nova
ministra do Meio Ambiente é recebida pelo
WWF de forma positiva
A futura ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, tem sido uma das defensoras do modelo
de desenvolvimento sustentável implementado
no Acre pelo governo de seu estado de origem, em
parceria com o WWF-Brasil. Sua indicação
é recebida pelo WWF de forma positiva e com
a expectativa de que ela estenda esse modelo para
toda a Amazônia.
O modelo do Acre tem por base o ordenamento territorial
através do Zoneamento Econômico Ecológico
e a valorização da floresta, principalmente
através da criação e implementação
de parques para proteger a biodiversidade e fomentar
o turismo; do apoio às reservas extrativistas
e áreas de desenvolvimento sustentável
com o desenvolvimento de novos produtos de base
florestal com agregação de valor na
base da pirâmide produtiva e práticas
que não destroem a natureza; da certificação
florestal FSC e do manejo da pesca.
"Marina Silva é a personificação
de que a proteção do meio ambiente
e desenvolvimento não se opõem; pelo
contrário, ambos se complementam", diz
o secretário-geral do WWF-Brasil, Roberto
Messias Franco. Ele lembra que a Amazônia
não é só floresta e que tem
cidades que, como no resto do país, possuem
periferias pobres. "Marina demonstrou que se
preocupa também com as periferias urbanas
e deve levar essa preocupação para
o Brasil inteiro", acrescenta, lembrando que
muitos dos problemas sociais das grandes cidades
têm, em sua origem, a destruição
da natureza. A destruição dos recursos
naturais provoca êxodo rural e má qualidade
de vida nas cidades. O desmatamento predatório,
principalmente nas margens e nascentes dos rios
e outras áreas essenciais, está na
raiz de problemas como falta ou excesso de chuvas
e déficit de energia elétrica, entre
outros.