O ministro José Carlos
Carvalho inaugurou, esta semana, em Seropédica,
no Estado do Rio, o Centro de Triagem de Animais
Silvestres (Cetas/RJ). O objetivo do centro, construído
com recursos oriundos da multa aplicada à
Petrobras pelo acidente na Baía de Guanabara,
em janeiro de 2000, é reabilitar espécimes
da fauna que é apreendida no estado pelos
órgãos de fiscalização.
"Este centro é um modelo para unidades
semelhantes que serão implantadas em todo
o país", afirmou o ministro.
O Cetas foi instalado na Floreta Nacional Mário
Xavier e fica próximo à Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro e ao Centro de Pesquisas
da Embrapa. Com cerca de 700 m2 de área construída,
o centro conta com um módulo para quarentena
de animais, um posto de vigilância, operado
pelo Batalhão Florestal da PM do Rio de Janeiro
e um centro de recepção destinado
à administração e à
recepção de pesquisadores e visitantes.
O módulo de quarentena é essencial
para o bom funcionamento do centro, pois os animais
são recebidos nos mais diversos estados de
saúde e condições sanitárias.
O Cetas foi inaugurado com cerca de 150 animais,
aves, répteis e primatas provenientes de
Campos dos Goytacazes, que estavam no Espaço
Ciência da Universidade Estadual do Norte
Fluminense.
O projeto foi elaborado em moldes que visam o recebimento
da fauna apreendida, triagem, recuperação
e encaminhamento para criadouros, zoológicos
e programas de reintrodução à
vida silvestre.
Resíduos sólidos - O ministro aproveitou
a visita ao Estado do Rio para inspecionar as obras
de construção da central de tratamento
e disposição de resíduos sólidos
de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A
obra, também financiada com os recursos da
multa à Petrobras, irá atender ao
município com uma população
de 1000 mil habitantes e irá reduzir o impacto
das 1.000 toneladas de lixo que são jogadas
diariamente pelos municípios da região
na Baía de Guanabara.
O projeto prevê a implantação
de um Aterro Sanitário, uma unidade de tratamento
de resíduos de saúde, uma unidade
de processamento de resíduos da construção
e outra de tratamento de chorume. O serviço
de coleta de Nova Iguaçu atende a 85% da
população, mas não dispõe
de um sistema de disposição final
adequado. Atualmente o lixo gerado é colocado
em um terreno na região de Marambaia, sem
os cuidados necessários à preservação
ambiental. Com a entrada em funcionamento do Aterro
Sanitário, será feita a recuperação
ambiental do lixão de Marambaia.