PLANO DE MANEJO NAS UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO
SERÁ PRIORIDADE PARA 2003, DIZ IBAMA
Panorama Ambiental
São Paulo - Brasil
Dezembro de 2002
|
 |
Uma das principais prioridades
da diretoria de Ecossistemas do Ibama para o próximo
ano será elaborar planos de manejo para as 247 áreas
protegidas por ela administradas. Do total, 52 planos foram
aprovados e 35 estão em elaboração
e/ou revisão. O Ibama, porém, tem prazo até
2007 para concluir o trabalho, segundo o Decreto nº
4.340/2002 que regulamentou a Lei do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza - SNUC,
o qual estabelece em cinco anos o prazo para a elaboração
do plano de manejo após a criação da
UC.
Reforçando a prioridade o presidente do Ibama, Rômulo
Mello, assinou portarias essa semana aprovando mais dez
planos de manejo para as seguintes unidades de conservação:
três parques nacionais (Jaú/AM, Ubajara/CE,
e Serra do Divisor/AC); cinco reservas biológicas
(Gurupi/MA, Uma/BA, Uatumã/AM, Comboios e Augusto
Ruschi/ES); e, duas estações ecológicas
(Juami-Japurá e Anavilhanas/AM).
Entre os 52 planos de manejo elaborados, 23 estão
atualizados: 11 parques nacionais, 06 reservas biológicas,
04 estações ecológicas, e 02 áreas
de proteção ambiental; 17 aguardam atualização:
09 parques nacionais, 04 reservas biológicas, e 04
áreas de proteção ambiental; 12 estão
em revisão: 07 parques nacionais, e 05 reservas biológicas.
Os 35 planos em fase de elaboração contemplam:
16 parques nacionais, 09 reservas biológicas, 07
estações ecológicas, e 03 áreas
de proteção ambiental, informou Margarene
Bezerra, responsável pelo setor de planos de manejo
da diretoria de Ecossistemas do Ibama.
Dos 15 planos de manejo para as 63 florestas nacionais administradas
pela diretoria de Florestas do Ibama: 05 foram elaborados,
09 estão em revisão e, 01, em fase final de
elaboração. Das 30 reservas extrativistas
administradas pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentável.
A Lei do SNUC determina que o plano de manejo deve abranger
toda a área da unidade de conservação,
sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos,
incluindo estrutura física e medidas para promover
sua integração à vida econômica
e social das comunidades do seu entorno. Antes da aprovação
do respectivo plano de manejo estão proibidas quaisquer
atividades na unidade de conservação, exceto
às destinadas à sua proteção
e fiscalização.
O trabalho de elaboração de um plano de manejo
dura entre 12 a 18 meses e custa em média R$ 400
mil ao Ibama. Já a sua implantação
pode levar até cinco anos, dependendo dos recursos
financeiros disponíveis. Para essa finalidade, além
do orçamento anual o Ibama conta com parte dos recursos
da compensação ambiental provenientes de danos
causados ao meio ambiente e de 0,5 por cento do valor total
do empreendimento licenciado pelo Instituto.
O decreto de regulamentação do SNUC também
padronizou os roteiros metodológicos básicos
para a elaboração dos planos de manejo das
quatorze diferentes categorias de unidades de conservação.
Foram uniformizados conceitos e metodologias, e fixadas
diretrizes para o diagnóstico da unidade, zoneamento,
programas de manejo, prazos de avaliação,
de revisão, e fases de sua implementação.
Antes de sua implantação, o plano de manejo
deve estar disponível para consulta pública
na sede da unidade de conservação e no centro
de documentação do Ibama.
Das 247 unidades de conservação administradas
pela diretoria de Ecossistemas do Ibama, 108 são
de proteção integral: 51 parques nacionais,
29 estações ecológicas, 25 reservas
biológicas, 02 reservas ecológicas, 01 refúgios
de vida silvestre. Por ser uma categoria recente, ainda
não foi criado nenhum monumento natural. As outras
139 UCs são de uso sustentável: 29 áreas
de proteção ambiental, 17 áreas de
relevante interesse ecológico, 63 florestas nacionais,
30 reservas extrativistas. Por serem categorias recentes,
ainda não foram criadas reservas de fauna e reservas
de desenvolvimento sustentável. As 365 reservas particulares
do patrimônio natural - RPPNs, não estão
computadas às 247 unidades de conservação
porque é uma categoria diferente - após reconhecida
pelo Ibama continua pertencendo a seus proprietários.
A elaboração dos respectivos planos de manejo
está dependendo da aprovação do roteiro
metodológico.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom |