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SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE LANÇA PUBLICAÇÕES VOLTADAS AO PLANEJAMENTO AMBIENTAL EM SÃO PAULO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Dezembro de 2002

Quatro publicações que irão subsidiar o planejamento ambiental nos 248.000 quilômetros de extensão territorial do Estado de São Paulo foram oficialmente lançadas ontem (9/12), pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Professor José Goldemberg, no Museu da Casa Brasileira. A primeira delas, "Informações Básicas para o Planejamento Ambiental", constitui uma ferramenta de trabalho para os 645 municípios em que se subdivide esse território de extensão análoga à do Reino Unido ou à do Laos, bem como para os seus 33 milhões de habitantes (população comparável à da Argentina ou a do Irã). As outras três publicações - "Atlas Geoambiental das Bacias Hidrográficas dos Rios Mogi-Guaçu e Pardo"; "Carta do Zoneamento Geoambiental da Região do Médio Pardo"; e um CD-ROM contendo o Atlas, o Zoneamento Geoambiental e o Levantamento Geoquímico das Bacias Hidrográficas dos Rios Mogi-Guaçu e Pardo – representam um detalhamento completo sobre os 21.000 quilômetros quadrados dessa bacia fluvial compartilhada por 73 municípios do Nordeste paulista. Todas juntas constituem valiosos novos instrumentos à disposição de prefeituras, institutos de pesquisa, entidades não-governamentais, órgãos de Governo e da iniciativa privada, para auxiliar nos estudos e na difusão de informações utilizadas a todos que desenvolvem atividades de planejamento e gestão ambiental.

Para o Professor José Goldemberg, as novas ferramentas de planejamento devem ser vistas como antídotos contra os problemas ambientais. Ele afirmou isso ao salientar a importância que tem o planejamento para a melhoria da qualidade de vida e manutenção do equilíbrio ambiental no Brasil. "Não há nenhuma maneira melhor de evitar os problemas ambientais que nós enfrentamos hoje, do que o planejamento territorial. A força poderosíssima da sociedade moderna tenta nos levar ao caminho do desenvolvimento a qualquer custo. Qualquer pessoa que menospreze essas tendências acabará sendo levada de roldão. E por outro lado há uma fração da população, a parte da sociedade que é mais

esclarecida, que reconhece claramente a necessidade imperiosa da preservação do meio ambiente e dos recursos naturais com que a natureza nos brindou nesta vida, como é o caso da Mata Atlântica. É o que o Governo do Estado, através da Secretaria do Meio Ambiente, vem fazendo, ao investir na conservação dos sistemas que garantem a vida, não só das próximas gerações como da nossa própria geração".

Para o secretário, a Coordenadoria de Planejamento Ambiental, responsável por todas as publicações, tem a responsabilidade estratégica de zelar pelo bom planejamento territorial, que "é a única maneira de evitar as agressões que nós estamos presenciando todos os dias. O que a experiência tem mostrado é que é muito mais fácil prevenir do que remediar. E nós estamos tentando nos orientar nesse sentido. Esse trabalho que está sendo feito é um trabalho que envolve a colaboração de todos os prefeitos, dos comitês de bacias e das organizações não governamentais, o que é muito decisivo, pois não há lei, ou força governamental, que possa efetivamente conduzir a sociedade na direção correta, sem que esta última deseje se movimentar nesse sentido. E esse desejo, expresso nesses trabalhos aqui lançados nesta noite, é o motivo pelo qual eu acredito que nós estamos vivendo um momento muito importante. Inclusive, ou principalmente, para as nossas áreas de licenciamento ambiental, que enfrentam freqüentemente problemas concretos, desagradáveis e equivocados, sob a forma de solicitações cujo atendimento acarretaria a todos conseqüências efetivamente drásticas", destacou Goldemberg, antes de parabenizar todos os responsáveis pelas novas publicações.

Segundo a responsável pela Coordenadoria de Planejamento Ambiental, Lúcia Sena, a publicação "Informações Básicas para o Planejamento Ambiental" é um instrumento de planejamento ambiental que disponibiliza dados absolutos e informações organizadas, classificadas, formatadas e representadas cartograficamente, dos 645 municípios do Estado de São Paulo. Também reúne temas ambientais visando subsidiar a elaboração de projetos, a fiscalização, o licenciamento e o monitoramento ambiental, o desenvolvimento de pesquisas e de trabalhos técnicos. O trabalho foi desenvolvido utilizando técnicas avançadas de cartografia digital associada a banco de dados temáticos e é dividido em sete capítulos, sendo seis com cartas temáticas - Áreas de Proteção e Recuperação de Mananciais; Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro; Unidades de Conservação Ambiental e Espaços Especialmente Protegidos; e Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos - e o último, apresentando os dados absolutos de cada município paulista.

Para facilitar a consulta, os municípios estão relacionados em ordem alfabética e organizados de forma a permitir a realização de múltiplas consultas e diferentes cruzamentos de informações pelos usuários. Os dados disponíveis irão facilitar na elaboração de projetos, na fiscalização, no licenciamento e no monitoramento ambiental, entre outros serviços.

Mogi-Guaçu e Pardo

Visando reverter o quadro de degradação, a Secretaria do Meio Ambiente, em convênio com o CPRM - Serviço Geológico do Brasil, do Ministério de Minas e Energia, produziu o "Atlas Geoambiental das Bacias Hidrográfica dos Rios Mogi-Guaçu e Pardo" (em escala 1:350.000), que junto com a "Carta do Zoneamento do Médio Pardo" (escala 1:100.000) – confeccionados em papel e também disponibilizados em CR-ROM - , vem preencher uma lacuna até então existente nas informações disponíveis sobre ambas as bacias hidrográficas, já que trata os componentes do meio físico da região com uma profundidade até então não encontrada em outras publicações do gênero.

Para o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do CPRM, Thales de Queiroz Sampaio, "o mundo passa por grandes transformações e ao longo dessas transformações, o serviço geológico vem obtendo inúmeras parcerias. A questão do meio ambiente tem que ser tratada de uma forma holística, sistêmica e integrada. Um exemplo que certamente será apreciado por todos foi o trabalho desenvolvido em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente", disse.

A região das bacias hidrográficas dos rios Pardo e Mogi-Guaçu congrega parte considerável da atividade econômica do Estado de São Paulo. Conforme dados da Fundação SEADE, os municípios que compõem a região responderam, em 1999, por 12% do Valor Agregado Fiscal na agricultura; 6% no do comércio e no da indústria; e 5% no do setor de serviços. Do total do Valor Agregado Fiscal do Estado, 5% foi gerado na região.

As atividades industriais predominantes na região são representadas pelos setores minerais não-metálicos, metal mecânico, sucro-alcooleiro, papel e celulose e derivados de leite. Também têm forte presença os vários setores da agroindústria, principalmente aqueles ligados ao cultivo da cana-de-açúcar e dos produtos cítricos. As consequências desse intenso processo industrial acabam gerando problemas sócio-ambientais, como por exemplo, os decorrentes da disposição inadequada de resíduos sólidos domésticos e industriais, a superexploração e contaminação dos aqüíferos subterrâneos, a degradação de leitos fluviais e várzeas ribeirinhas, pela atividade agrícola e minerária, implicando na devastação dos últimos remanescentes florestais nativos regionais.Não bastassem esses problemas, há que se considerar os seus reflexos na saúde, no emprego e, por extensão, na qualidade de vida da população.

As publicações lançadas pela Secretaria do Meio Ambiente no Museu da Casa Brasileira (com conteúdos que refletem o estágio atual do conhecimento dos substratos geológicos do relevo territorial e demais estudos essenciais ao estabelecimento das condicionantes que devem nortear, daqui para a frente, o zoneamento ou o uso e ocupação do solo dessas regiões) permitirão um planejamento mais aprofundado com base em diretrizes tecnicamente fundamentadas, evitando assim que tanto organismos públicos como privados cometam os mesmos erros cometidos no passado, quando da definição de políticas e ações concretas de desenvolvimento público e privado para a região.

 
 
Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Wanda Carrilho)
 
 
 
 
 
 

 

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