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DESCARTADA
CONTAMINAÇÃO
POR MINERAÇÃO NO RIO IRIRI
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Fevereiro de 2003
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A hipótese
de contaminação das águas do
rio Iriri, afluente do Xingu, no Pará, por
atividade de mineração, foi descartada
esta semana por técnicos do Ibama que fizeram
um sobrevôo no local, acompanhados pelo diretor
de Proteção Ambiental do Instituto,
Flávio Montiel. Nesta sexta-feira (14/02)
o Ibama espera ter os resultados dos exames feitos,
nas amostras coletadas, para apontar a causa da
mortandade de peixes no rio Iriri.
As primeiras coletas de amostras de água
e peixes foram realizadas na sexta-feira (07/02),
num trecho de 80 quilômetros do Rio Xingu,
que banha a cidade de Altamira. No domingo (09/02),
o material coletado foi encaminhado ao Instituto
de Biofísica da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ), onde estão sendo realizadas
análises microbiológicas pela professora
Sandra Azevedo, para detecção de cianotoxinas
(toxinas produzidas por algas). Na terça-feira
(11/02) outras amostras de água, peixes e
sedimentos foram enviadas ao Instituto Evandro Chagas
(IEC), em Belém (PA), para análise
de metais pesados (mercúrio), cianotoxinas
e necrópsias.
Na última terça-feira, o representante
da Federação dos Trabalhadores na
Agricultura (Fetagri), Juracy Dias, disse, em Maribel,
que serve de entreposto de pesca às margens
do rio Iriri, a 100 quilômetros da Rodovia
BR-230/ Transamazônica e a 200 quilômetros
da cidade de Altamira, que o Ibama está demonstrando
transparência na operação que
investiga as causas da mortandade de peixes no rio
Iriri. “A determinação da ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, de ter um representante
da sociedade civil acompanhando os trabalhos demonstra
isso”, afirmou Dias na presença do diretor
de Proteção Ambiental do Ibama Flávio
Montiel e de cerca de 100 pescadores e ribeirinhos
reunidos no local.
Dias acrescentou que toda a população
do Xingu será informada sobre o trabalho
técnico que os cientistas e pesquisadores
estão realizando ao longo da calha dos rios
Iriri e Curuá, na região do Entre
Rios, que abrange também o igarapé
Bala e o rio Catete, que cortam as aldeias dos cerca
de 80 índios Xipaia e Curuayas, habitantes
da região.
Por Edson Gillet Brasil
Fonte: Ibama/Secretaria do Meio
Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa