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ÍNDIOS
RECEBEM TREINAMENTO AMBIENTAL NA BAHIA
Panorama Ambiental
Eunápolis (BA) - Brasil
Agosto de 2003
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Um grupo de 25 índios
da etnia Pataxó participou, de 19 a 22 de
agosto, de curso de educação ambiental
para formação de agentes ambientais
multiplicadores no Parque Nacional do Monte Pascoal,
localizado no Extremo Sul da Bahia. O curso, promovido
pelo Ibama em parceria com a Associação
Pataxó de Ecoturismo, partiu de problemas
ambientais do dia-a-dia das aldeias para levar aos
índios conhecimentos sobre educação
ambiental, água, solo, mata, lixo, cidadania
e legislação ambiental.
Todos os instrutores eram também membros
da Reserva Indígena da Jaqueira. "Optamos
pelos índios como professores porque eles
falam de parente para parente, o que facilita a
compreensão dos temas. Percebemos também
que a discussão entre eles gera uma comunicação
melhor e aumenta o comprometimento do grupo com
a gestão ambiental. Outra vantagem é
estimular a auto-organização das aldeias
para que eles mesmo possam gerenciar o processo
de proteção ambiental com o qual se
comprometeram", explica Milene Maia, chefe
do Parque Nacional do Monte Pascoal.
No final do curso, os novos agentes ambientais multiplicadores
elaboraram um plano de ação que irá
auxiliar na gestão compartilhada da unidade
de conservação. O grupo já
realizou o levantamento do perfil econômico
e ambiental de todas as famílias das aldeias
que participam da gestão compartilhada do
Parque Nacional e o acompanhamento das roças,
onde são observadas as atuais demandas e
os problemas existentes.
Esta não é a primeira vez que o Parque
Nacional do Monte Pascoal promove eventos de educação
ambiental com a comunidade indígena. Nos
últimos dois anos, o Ibama formou 29 agentes
ambientais voluntários, que foram capacitados
para o trabalho de fiscalização, e
duas equipes de brigada de incêndio, com 20
membros cada, que atua no combate e na prevenção
a incêndios florestais.
Desde 2001, o Parque Nacional do Monte Pascoal é
administrado em conjunto pelo Ibama e pelos Pataxós.
A gestão compartilhada, criada através
de acordo de cooperação técnica
entre o Ministério do Meio Ambiente / Ibama
e o Ministério da Justiça / Funai,
prevê o repasse de US$ 533 mil dólares
a projetos que busquem a sustentabilidade econômica
das aldeias do entorno.
Os principais objetivos são a busca de alternativas
econômicas para a população
indígena, a recuperação de
áreas degradas, além do incentivo
ao ecoturismo e ao artesanato sustentável.
Cerca de 5 mil pessoas vivem hoje nas 10 aldeias
indígenas que participam da gestão
compartilhada da unidade de conservação.
Ascom - (61) 316-1015
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de comunicação