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CONFLITO
NO PARÁ: MINISTRO DA JUSTIÇA
PEDE MEDIDAS IMEDIATAS À POLÍCIA
FEDERAL
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2003
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Greenpeace
e comunitários pedem proteção
em Brasília, para conter a violência
no sudoeste do Estado
Em reunião
com o deputado federal Sarney Filho (PV-MA), o Ministro
da Justiça, Márcio Thomaz Bastos,
pediu à Polícia Federal que tome medidas
imediatas para conter os conflitos que estão
se acirrando no sudoeste do Pará desde a
última semana. Madeireiros e lideranças
políticas estão fazendo ameaças
ao trabalho de fiscalização do Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) e do Incra (Instituto
Nacional de Colonização e Reforma
Agrária), e à presença do Greenpeace
na região. A organização apóia
a luta das comunidades pela criação
da Reserva Extrativista Verde Para Sempre, que beneficiará
milhares de ribeirinhos. Representantes do Greenpeace
e lideranças comunitárias paraenses
estão hoje em Brasília (DF) para pedir
o apoio do governo, deputados, senadores e Polícia
Federal.
Um dos coordenadores da Campanha da Amazônia
do Greenpeace, Nilo D'Ávila, até o
momento já conversou com a senadora Ana Júlia
(PT-PA) e o deputado federal Sarney Filho (PV-MA).
Em plenária, o deputado fez o requerimento
para que seja criada uma comissão da Câmara,
que se dirija ao local dos conflitos e tome providências
para solucioná-los. Um encontro com o deputado
federal Paulo Rocha (PT-PA) está programado
para esta tarde.
Mais cedo, o Greenpeace protocolou uma carta destinada
ao Ministro da Justiça, pedindo garantias
de vida à tripulação do navio,
às lideranças comunitárias
e aos próprios agentes do governo que trabalham
na região sob constante ameaça.
O presidente do sindicato dos trabalhadores rurais
de Porto de Moz (PA), Idalino Nunes de Assis, depôs
na PF da capital federal sobre as ameaças
que vem sofrendo por parte dos madeireiros.
Desde 24 de outubro o barco do Greenpeace MV Arctic
Sunrise está em expedição no
Pará, para denunciar a exploração
ilegal da floresta e apoiar a luta das comunidades
locais por um desenvovimento sustentável.
No dia 3 de novembro, a organização
lançou o relatório Pará: Estado
de conflito, que denuncia a violência, a grilagem
de terras e o trabalho escravo que caracterizam
a exploração ilegal da floresta amazônica.