 |
GOLDEMBERG
ASSINA RESOLUÇÃO SOBRE
REFLORESTAMENTO DE ÁREAS DEGRADADAS
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2003
|
 |
Carolina De Leon/SMA
 |
O
secretário do Meio Ambiente do Estado,
professor José Goldemberg, assinou
nesta quarta-feira (26/11) a Resolução
47/03, que dá nova redação
à Resolução SMA 21, de
21 de novembro de 2001, que “fixa orientação
para o reflorestamento heterogêneo de
áreas degradadas” para garantir a conservação
da biodiversidade paulista.
A resolução, publicada no Diário
Oficial de 27 de novembro de 2003, foi assinada
na solenidade de abertura da 10ª Reunião
Anual do Instituto de Botânica – RAIBt.
O documento, que está disponível
no endereço www.ibot.sp.gov.br,
do instituto, estabelece critérios
para a implantação de reflorestamentos,
considerando estudos desenvolvidos pelo Instituto
de Botânica, consubstanciados no projeto
"Modelos de Repovoamento Vegetal para
Proteção |
de
Sistemas Hídricos em Áreas Degradadas
dos Diversos Biomas no Estado de São
Paulo".
O estudo, elaborado com o apoio da Fundação
para o Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo – FAPES, aponta a baixa
diversidade vegetal das áreas reflorestadas,
nas quais têm sido utilizadas menos
de 33 espécies arbóreas. Além
disso, verifica-se que são plantadas
praticamente as mesmas espécies em
todo o Estado, independentemente da região,
sendo dois terços delas de estágios
iniciais da sucessão, com ciclo de
vida em torno de 15 a 20 anos, o que leva
os reflorestamentos ao declínio em
um certo espaço de tempo.
A perda da diversidade biológica significa
redução de recursos genéticos
disponíveis ao desenvolvimento sustentável,
na forma de madeira, frutos, forragem, plantas
ornamentais e produtos de interesse alimentar,
industrial e farmacológico.
Segundo a resolução, as diretrizes
estabelecidas não se aplicam a áreas
de recuperação com menos de
um hectare, nas quais deverão ser utilizadas,
no mínimo, 30 espécies.
Entre outros parâmetros, recomenda a
utilização de espécies
ameaçadas de extinção
e atrativas da fauna, devendo contemplar dois
grupos ecológicos: pioneiras e não
pioneiras, considerando-se o limite mínimo
de 40% para qualquer dos grupos. Com relação
ao número de indivíduos, nenhuma
espécie poderá ultrapassar o
limite máximo de 20% do total do plantio.
A resolução prioriza, para fins
de recuperação, as áreas
consideradas de preservação
permanente pela Lei Federal 4771/65, em especial
aquelas localizadas em nascentes e olhos d'água;
as de interligação de fragmentos
florestais remanescentes na paisagem regional
(corredores ecológicos); e as de elevado
potencial de erodibilidade, definindo um prazo
de manutenção de, no mínimo,
18 meses após o plantio, incluindo
o controle de formigas, capinas, coroamentos,
adubação e outros.
O texto aborda, ainda, questões como
manejo, avaliação do potencial
de auto-recuperação das áreas
e histórico de uso, além de
capacitação de proprietários
rurais e produtores de mudas e sementes. |
Reunião
do Ibt
A 10ª Reunião
Anual do Instituto de Botânica – RAIBt, iniciado
na quarta-feira (26/11) e com término previsto
para esta sexta-feira (28/11), elegeu como tema
de discussão a busca da auto-sustentabilidade
financeira e a prestação de serviço
público com qualidade nas questões
ambientais. Além do secretário do
Meio Ambiente, professor José Goldemberg,
solenidade abertura contou com a presença
de Luiz Mauro Barbosa, diretor geral do IBt, Adriana
Potomati, vice-diretora, Sandra Farto Botelho Trufem,
presidente da 10ª RAIBt, e de convidados de
diversas instituições.
Goldemberg, abrindo o evento, proferiu uma palestra
sobre mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) e
matas ciliares, discorrendo também sobre
a importância dos debates previstos na reunião
dos pesquisadores do IBt.
As mesas-redondas previstas se dedicaram sobre temas
como “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo: Um instrumento
econômico para a conservação
da biodiversidade”, com participantes de diversos
setores como a engenheira agrônoma Helena
Carrascosa Von Glehn, da Secretaria do Meio Ambientou,
apresentou a proposta para recomposição
de matas ciliares; Carlos Cerri, da CENA – USP,
falou sobre o Protocolo de Kyoto e o MDL; Hilton
Thadeu Zarante do Couto, da CIAGRI/ESALQ - USP,
comentou sobre a metodologia para estimar carbono
fixado por florestas e sobre as condições
favoráveis de clima, solo e tecnologia para
crescimento das árvores; e dos pesquisadores
do IBt, Adriana Potomati e Marcos Silveira Buckeridge,
que aturam como debatedores.
A RAIBt contou ainda com uma palestra do secretário-executivo
do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA,
Germano Seara Filho, fez uma palestra sobre a origem
e atuação desse órgão.
Em seguida, nova mesa-redonda promoveu o debate
sobre “Subsídios técnico-científicos
para o planejamento, avaliação de
impacto e licenciamento ambiental do Estado de São
Paulo”, com a participação de Dácio
Roberto Matheus, diretor do Ibt, como coordenador,
tendo como palestrantes o advogado Francisco Thomaz
Van Acker, da Secretaria do Meio Ambiente, José
Arnaldo Borges, da Coordenadoria de Licenciamento
Ambiente e Proteção dos Recursos Naturais
- SMA, Lucia Bastos Ribeiro Sena, diretora da Coordenadora
de Planejamento Estratégico e Educação
Ambiental – SMA, além de Luiz Martins Catharino
Elisabete Aparecida Lopes, ambos do Ibt, que atuaram
como debatedores.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente
de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Carolina De Leon
|
|
|
|