Divulgação/SMA
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Em
razão da intensa fiscalização,
os vigilantes da Fundação Florestal
apreenderam no ano passado 5545 unidades de
palmitos in natura durante operações
conjuntas com a (PEI), região do Vale
do Ribeira. Eles também detiveram 25
extratores, flagrados quando realizavam a
extração, o transporte ou o
processamento irregular do produto. Para obter
esses resultados os vigilantes percorreram
mais de 1500 quilômetros a pé
na floresta em operações de
fiscalização.
O palmito é produzido por uma palmeira
típica da mata atlântica chamada
juçara ou jiçara (Euterpe edulis),
sendo necessário derrubar essa palmeira
para extraí-lo. A exploração
predatória realizada durante décadas,
principalmente nas florestas particulares,
levou à drástica redução
dos estoques naturais da espécie. Atualmente,
sua ocorrência está limitada
a unidades de conservação como
o Parque Estadual Intervales, que se tornou
um dos alvos preferidos dos extratores, chamados
palmiteiros. |
O
corte clandestino de palmitos está
entre as atividades que mais pressionam a
integridade do PEI. Nos últimos anos
foram registrados seguidos flagrantes, apreensões,
prisões e até confrontos. Para
amenizar a tensão social provocada
pela fiscalização intensa, 16
moradores de comunidades próximas foram
integrados às atividades de proteção
do parque. Eles atuam na abertura de aceiros
e zelam pela conservação de
quatro bases de fiscalização,
que haviam sido destruídas em uma ação
de revide dos palmiteiros e foram reconstruídas
no fim do ano passado. Todavia, a atuação
da Fundação Florestal não
se restringe à proteção
dos remanescentes da palmeira juçara.
O problema do palmito também está
sendo atacado na origem, fomentando o repovoamento
e o manejo sustentável de Euterpe edulis
nas comunidades situadas no entorno dos Parques
Intervales e Carlos Botelho. Esse trabalho
já resultou no plantio da palmeira
em mais de 500 hectares de floresta e na implantação
de quatro viveiros para produção
de mudas da espécie. |