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IBAMA QUER
PRODUÇÃO DAS FLORESTAS NACIONAIS
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2003
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O Ibama quer que as
Florestas Nacionais deixem de ser uma massa de árvores
intocáveis, tenham vida, produzam em bases
sustentáveis e sirvam à sociedade, interagindo
com a população do entorno. Com esta
nova visão, o instituto vem trabalhando para
quadruplicar a cobertura com florestas rentáveis
num prazo de dez anos e resgatar suas importantes
funções estratégicas: que sirvam
como base de um programa de extensão rural,
funcionem como laboratórios de fusão
das técnicas bem sucedidas de uso sustentável
e estejam no centro das pesquisas nacionais.
Para atingir estas metas, o Programa Nacional de Florestas
do Ministério do Meio Ambiente está
incentivando a produtividade destas unidades de conservação.
Com este objetivo, a Diretoria de Florestas do Ibama
vem realizando encontros com os chefes das 63 Flonas.
A partir desta terça, 27, até 30/05,
o encontro será na Flona do Araripe, no Ceará,
com as seis florestas da região Nordeste e
as duas da Centro-Oeste.
A primeira reunião foi em abril com as nove
Flonas do Sudeste. Em meados de junho, será
a vez das Flonas da região Sul e, em julho,
com as da região Amazônica. Um dos principais
itens da agenda destas reuniões é a
discussão do roteiro metodológico para
a implantação dos respectivos planos
de manejo florestal – obrigatórios para definir
as atividades e o uso sustentável dos recursos
naturais das Florestas Nacionais.
A metodologia é inovadora no Ibama como modelo
de gestão participativa, indispensável
para atender a realidade das Florestas Nacionais.
Ao utilizar profissionais do Instituto para conduzir
os projetos, o Ibama pretende simplificar o processo
sem prejudicar a qualidade técnica, reduzir
custos e fortalecer a transversalidade com outras
instituições governamentais, de ensino
e de pesquisa e com Ongs.
Na Flona do Araripe, o Ibama está implantando
o primeiro Plano de Econegócios em Florestas,
que inclui alternativas de manejo, melhorias tecnológicas
da produção e fortalecimento da gestão
comunitária – uma parceria com o Banco do Nordeste,
o Instituto Brasileiro de Educação em
Negócios Sustentáveis, a Fundação
Araripe e o Centro Tecnológico do Cariri.
A proposta é montar uma mini-usina de beneficiamento
do pequi – produzido artesanalmente como alimento
e cosmético –transformar os produtores em microempresários
e montar uma ilha de informática para capacitar
a comunidade local com esta finalidade. Futuramente,
será apoiado o beneficiamento da Fava D'Anta,
usada como colírio para tratamento do glaucoma.
Outro grande negócio para aumentar a rentabilidade
das Flonas e beneficiar a comunidade do entorno, é
a produção sistematizada de sementes
e de mudas de espécies nativas para programas
de fomento – uma parceria do Ibama com as redes de
sementes existentes em cada bioma.
Fazem parte destes encontros: elaboração
do Plano de Investimento coerente com o potencial
de arrecadação de cada Flona e do Planejamento
Plurianual até 2007; implantação
dos Conselhos Consultivos que farão o controle
social das Flonas; além de trabalhos de campo
para mostrar experiências da Flona Araripe com
ecoturismo, trilhas e planos de manejo de produtores
rurais que podem incentivar iniciativas rentáveis
nas outras Florestas Nacionais.
Situada no topo do privilegiado Vale do Cariri, a
Floresta Nacional do Araripe foi a primeira criada
no país, em 1946, para assegurar a manutenção
dos recursos hídricos desta região semi-árida
do Nordeste.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa |