que
há 5 anos assina o Protocolo para Proteção
das Tartarugas Marinhas com o Projeto Tamar
/ Ibama para monitorar as desovas em cerca
de 200 km de litoral no Sul da Bahia, atuando
principalmente no trecho entre as cidades
de Prado e Belmonte.
Segundo o coordenador geral da organização,
Paolo Botticelli, das cinco espécies
de tartarugas marinhas que desovam no Brasil,
quatro procuram regularmente as praias do
Extremo Sul da Bahia. "Todas estão
na lista internacional de espécies
ameaçadas de extinção,
sendo que duas delas, a tartaruga gigante
e a tartaruga de pente constam como criticamente
ameaçadas na lista da União
Internacional pela Conservação
da Natureza", relata Paolo. As outras
tartarugas que procuram as areias quentes
do Sul da Bahia para depositarem seus ovos
são as tartarugas cabeçuda e
oliva. Indivíduos juvenis de uma quinta
espécie de tartaruga, a verde, freqüentam
esse trecho do litoral para se alimentar.
Desde o início do mês, a ONG
fornece ajuda de custos a três colaboradores
remunerados que monitoram diariamente as praias
para encontrar e proteger as desovas. O objetivo
é registrar a chegada das fêmeas
e apagar os rastros deixados na areia para
que o ninho não seja encontrado por
possíveis predadores. A equipe de campo
do PAT conta ainda com dois estudantes de
biologia que atuam como estagiários,
três biólogos voluntários,
e cerca de outros 200 colaboradores eventuais.
A educação ambiental é
uma das ações prioritárias.
De janeiro a setembro deste ano, mais de 8.000
pessoas já assistiram a palestras oferecidas
pelos voluntários da entidade.
O Projeto Amiga Tartaruga recebe visitas técnicas
periódicas dos técnicos do Projeto
Tamar / Ibama, que mantém 20 bases
no país e monitora cerca de 1.000 km
de litoral. Por ano, o Tamar acompanha o nascimento
de cerca de 600 mil filhotes de tartarugas
marinhas, número que ultrapassa 10
milhões desde a criação
do Centro. |