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GOVERNO
PRIORIZA LICENCIAMENTO AMBIENTAL
PARA EMPREENDIMENTOS DO SETOR ELÉTRICO
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Outubro de 2003
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A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, afirmou hoje (30/10) que
o governo brasileiro está tratando de forma
cada vez mais responsável a questão
energética do país. A ministra explicou
que, ao contrário do passado, quando o licenciamento
de centrais hidrelétricas era deixado para
a fase final do projeto, por iniciativa do Ministério
de Minas e Energia, a partir de agora o licenciamento
será prévio. Segundo a ministra, o
objetivo é evitar a paralisação
de empreendimentos por problemas ambientais que
poderiam ter sido resolvidos com a realização
prévia de estudos sobre o impacto ambiental.
A ministra elogiou a decisão do Ministério
de Minas e Energia de redimensionar os estudos ambientais
sobre a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
A postura é altamente inovadora. É
uma política de governo na qual atuam de
forma transversal os ministérios do Meio
Ambiente e das Minas e Energia , afirmou a ministra,
após a Conferência Regional da América
Latina e Caribe sobre Energias Renováveis.
A ministra destacou, ainda, a mudança nas
relações entre as empresas responsáveis
pelos empreendimentos e as populações
afetadas pelo alagamento de áreas para a
formação de reservatórios de
hidrelétricas. Ela explicou que a Advocacia
Geral da União está coordenando um
grupo do governo estuda fórmulas para que
os conflitos sejam mediados pelo Estado de forma
neutra.
A ministra Marina Silva defendeu a diversificação
da matriz energética como forma de beneficiar
populações isoladas, enfatizando a
necessidade de utilização de formas
renováveis de geração de energia.
Para a geração de energia nestes locais
podem ser utilizadas usinas eólicas ou movidas
por biomassa (óleo de mamona, madeita, casca
de arroz). A ministra citou como exemplo o caso
de Itacoatiara (AM), onde central funciona com a
utilização de restos de madeira e
serragem oriundos do beneficiamento de madeira na
região. É uma ação exemplar,
pois a madeira é obtida por manejo florestal
comunitário e as sobras, que não teriam
utilidade, são usadas na geração
de energia, reduzindo custos para a produção
e para a comunidade , afirmou A Conferência
teve a participação de 22 países
da América Latina e Caribe, que discutiram
temas como a meta de que, até 2010, a América
Latina e Caribe, produzam pelo menos 10% de sua
energia em bases sustentáveis. A proposta
é parte da Iniciativa Latino-americana e
Caribenha para o Desenvolvimento Sustentável
e foi apresentada na Cúpula das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,
realizada na África do Sul em 2002. A reunião
contou, ainda, com a participação
do ministro de Meio Ambiente da Alemanha, Jürgen
Trittin. A Alemanha promove, em junho de 2004, a
Conferência Internacional sobre Energias Renováveis.
Fonte: Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa