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MAPEAMENTO
DE RISCOS TERIA EVITADO
VAZAMENTO DO RIO POMBA, DIZ WWF-BRASIL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2003
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A falta de mapeamento
das áreas de risco nos Estados coloca a população
em perigo e compromete o combate a desastres como
o vazamento de produtos tóxicos nos rios
Pomba e Paraíba do Sul. "É preciso
ter um plano de ação para evitar acidentes
e minimizar os riscos", alerta Samuel Barrêto,
coordenador do Programa Água Para a Vida,
do WWF-Brasil. "É muito mais caro corrigir
do que prevenir."
O vazamento de produtos no Rio Pomba e a conseqüente
contaminação do Paraíba do
Sul mostram o despreparo dos Estados para prevenir
e combater acidentes. Faltam sinais de alerta e
um monitoramento constante da qualidade das águas
para acusar contaminações.
Segundo moradores da região, animais de grande
porte morreram em decorrência da água
contaminada. "Não sabemos os riscos
que a população ainda corre se entrar
em contato com essa água", diz Barrêto.
Outras áreas no Brasil correm o mesmo perigo.
"Imagine se um daqueles caminhões que
saem todos os dias do Pólo de Cubatão
para a cidade de São Paulo sofre um acidente
e a carga chega à Represa Billings",
alerta Barrêto. "Contaminaria um dos
principais mananciais da cidade, deixando grande
parte da população sem água
ou até mesmo comprometendo o manancial para
sempre."3
Além de aplicar as punições
previstas pela lei, é preciso agora tomar
medidas de recuperação e avaliar com
cuidado a extensão da contaminação.
"Precisamos conhecer os riscos que ainda existem
e que permanecerão no futuro", diz Barrêto.
Mais uma vez, só há mobilização
e ação quando grandes tragédias
ocorrem, como no Rio Iguaçu, onde houve um
vazamento de derivados de petróleo da Petrobras
em 2000. "Quando será o próximo?
Infelizmente a lógica ainda é esta",
critica Barrêto. "A questão ambiental
tem de estar inserida em todas as áreas,
não apenas ser lembrada quando há
um acidente."
Há três semanas o WWF-Brasil assinou
um protocolo de cooperação com o Comitê
do Paraíba do Sul (Ceivap) e demais parceiros
da entidade para trabalhar na conservação
e recuperação de águas e florestas
na Bacia do rio Paraíba do Sul.
O mapeamento das áreas de risco daria subsídios
para uma ação preventiva dos comitês,
que poderiam atuar em parceria com os órgão
do poder público e com a sociedade civil.
Outra medida importante é dar condições
aos órgãos ambientais para que eles
possam atuar não apenas no controle mas também
na gestão ambiental.
Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa (Rebeca Kritsch