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MARINA SILVA
ANUNCIA MEDIDAS PARA
CONTER DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2003
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A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, anunciou a formação
de um grupo de trabalho interministerial para estudar
medidas de controle do desmatamento na Amazônia.
O grupo, com representantes de 11 ministérios,
inclusive os do Meio Ambiente, Integração
Nacional, Desenvolvimento Agrário, Agricultura,
Justiça e Defesa, também analisará
medidas de incentivo a atividades produtivas que
privilegiem o desenvolvimento sustentável.
Após reunião na Casa Civil da Presidência
da República, a ministra frisou que o combate
ao desmatamento na Amazônia é um compromisso
de governo. “Os ministros do governo Lula é
que estão assumindo o compromisso de combater
o desmatamento e adotar medidas de desenvolvimento
sustentável para a região”, afirmou
Marina Silva, acompanhada dos ministros Ciro Gomes,
da Integração Nacional, e Miguel Rosseto,
do Desenvolvimento Agrário.
De acordo com as estimativas do Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas), o desmatamento na Amazônia
no período que vai de agosto de 2001 a agosto
de 2002, é de cerca 25.476 km². Para
2003, os dados indicam uma grande taxa de desmatamento
para a região. A ministra informou que, para
permitir um melhor planejamento e a adoção
de medidas estruturantes pelas três esferas
de governo, o Inpe se comprometeu a divulgar os
dados sobre o desmatamento na região até
dezembro de 2003, seis meses antes do prazo normal.
A partir de 2004 o instituto fornecerá dados
mensais sobre o desmatamento, acelerando as ações
de fiscalização e possibilitando ao
Ibama combater os desmatamentos enquanto eles ainda
estão em curso.
Um dos objetivos é adotar medidas que estimulem
os proprietários rurais e empresários
da Amazônia a desenvolver projetos ambientalmente
sustentáveis. O ministro da Integração
Nacional informou que os projetos que solicitem
créditos e incentivos fiscais para atividades
produtivas na região passarão pelo
crivo da sustentabilidade ambiental. “Todo e qualquer
projeto só poderá receber financiamento
se a variável ambiental for contemplada”,
afirmou Ciro Gomes.
O ministro do Desenvolvimento Agrário explicou
que será realizada uma grande ação
para a regularização fundiária
na região. Disse, ainda, que os novos assentamentos
na Amazônia irão adotar o conceito
de desenvolvimento agroecológico, permitindo
aos assentados desenvolver atividades que contribuam
para a preservação da floresta. “Antigamente
os assentados eram estimulados a cortar a floresta.
Iremos dar a eles instrumentos para desenvolverem
suas atividades deixando a floresta em pé”,
afirmou Miguel Rosseto.
Fonte: Agência Brasil (www.radiobras.gov.br)
Assessoria de imprensa (Ana Nascimento)