A
captura ilegal das aves destinada ao mercado
internacional foi um dos principais motivos
que quase levaram a espécie à
extinção.
Além do tráfico, a degradação
ambiental da Caatinga também empurrou
As raríssimas araras para a situação
de risco. É que o principal alimento
das aves, a palmeira do licuri (Syagrus coronata),
também tornou-se escasso no sertão
devido ao pastoreio e ao manejo inadequado
da Caatinga, um bioma pouco conhecido mas
bastante ameaçado.
Com os dados obtidos no âmbito do Projeto
de Conservação da Arara-Azul-de-Lear,
espera-se poder colaborar para o estabelecimento
de práticas agro-pastoris sustentáveis
na região. Do ponto de vista científico,
a principal meta a partir de agora é
a ampliação do conhecimento
sobre a biologia reprodutiva da espécie.
“Ainda não se sabe ao certo quantos
ovos cada fêmea produz na estação
de reprodução, o número
de filhotes que nascem, as perdas naturais
e outros dados importantes para o estabelecimento
de estratégias de proteção”
explica o chefe do Cemave.
As araras fazem os ninhos em paredões
de arenito muito altos, quase inacessíveis
aos pesquisadores. Para chegar a eles, os
biólogos ligados ao projeto estão
sendo treinados em cursos de rappel, o que
facilitará o acesso dos estudiosos.
O Ibama também dotará de infra-estrutura
a Estação Ecológica do
Raso da Catarina, unidade de conservação
do instituto que encontra-se na área
de ocorrência da arara-azul-de-lear.
Com a instalação de novas bases
de apoio do trabalho de campo será
possível intensificar a fiscalização
na área.
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