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MARINA SILVA
CONDENA
USO CRIMINOSO DE TERRAS PÚBLICAS
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Setembro de 2003
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A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, informou que a "premissa
fundamental" da política integrada do
Governo Federal com relação ao desmatamento
na Amazônia, cujos trabalhos interministeriais
encontram-se "praticamente na fase de conclusão",
será a promoção de um "ordenamento
territorial para evitar o uso criminoso de terras
públicas que muitas vezes são griladas,
em prejuízo da União, dos Estados
e, principalmente, da sociedade brasileira".
Em entrevista na estréia do programa "Revista
Amazônia", que vai ao ar de segunda a
sexta-feira, das 7h30 às 8h, nas Ondas Curtas
da Rádio Nacional da Amazônia, hoje
comemorando 26 anos, a ministra disse ainda considerar
"perfeitamente adequada" a postura do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar
um espaço de Governo nos grupos interministeriais
envolvidos na questão do Meio Ambiente.
Ela assegurou que todos estão trabalhando
integrados "para evitar que as decisões
não sejam geradoras, de uma forma exacerbada,
como vinha sendo feito, de ações de
alto impacto que promovem a devastação
ambiental e problemas sociais gravíssimos".
O trabalho integrado entre os diversos Ministérios,
segundo a ministra, "não é algo
que seja de fácil solução e
por isso representa um desafio que foi colocado
na mesa". Ela acrescentou que todos estão
trabalhando para que se possa ter, cada vez mais,
"outras formas de ocupação e
utilização dos recursos naturais,
que sejam sustentáveis e valorizem, ao mesmo
tempo, a geração de renda e a inclusão
social". E adiantou que os resultados serão
usados nas políticas públicas que
o Governo brasileiro está traçando
com o objetivo de combater o desmatamento e promover
o desenvolvimento sustentável.
Em breve, informou a ministra, serão criados
mais 18 milhões de hectares de APAs - Áreas
de Proteção Ambiental, dos quais 9
milhões serão destinados para o uso
sustentável, inclusive reservas extrativistas,
e o restante será de proteção
integral. Os recursos, mais de US$ 80 milhões,
virão de doadores internacionais e serão
administrados pela Secretaria da Amazônia,
do Ministério do Meio Ambiente. "Tudo
será feito numa perspectiva socioambiental",
garantiu.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de Comunicação