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SECRETARIA
DO MEIO AMBIENTE DE SP PROMOVE
SEMINÁRIO SOBRE RECUPERAÇÃO
DE ÁREAS DEGRADADAS
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Setembro de 2003
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“A RESOLUÇÃO
SMA 21 DE 21/11/2001, COMO RECURSO GERENCIAL PARA
A RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS:
AVANÇOS OBTIDOS E PERSPECTIVAS FUTURAS”
No Estado de São
Paulo, a recuperação de áreas
degradadas vem sendo cada vez mais pesquisada e,
seguramente, dependente de um conjunto de ações
que visam proporcionar o restabelecimento das condições
de equilíbrio e sustentabilidade anteriormente
existentes em um ecossistema natural. A recuperação
é uma atividade que exige uma abordagem sistemática
de planejamento e visão em longo prazo e
não apenas uma tentativa limitada de remediar
um dano que, na maioria das vezes, poderia ter sido
evitado. Com a consciência da extinção
em massa de espécies no mundo todo, está
crescendo a importância de se manter a diversidade
biológica. A intervenção nestas
áreas degradadas, através de técnicas
de manejo, pode acelerar o processo de regeneração,
permitir o processo de sucessão e evitar
a perda de biodiversidade.
A proposta desenvolvida neste Seminário e
Workshop não apenas visa à aplicação
de resultados consistentes na elaboração
de políticas públicas subsidiando
um planejamento ambiental mais adequado e inter-relacionado
ao modelo de desenvolvimento de nossa sociedade,
especificamente no que diz respeito às áreas
degradadas e/ou alteradas no Estado de São
Paulo, que vem comprometendo seriamente os recursos
naturais tais como a água, o ar, o solo e
a biodiversidade, mas sobretudo promover uma avaliação
dos resultados obtidos com a edição
da Resolução SMA 21, de 21/11/2001,
que fornece orientação para o reflorestamento
heterogêneo para áreas degradadas em
diversas situações no Estado.
Essa resolução que "fixa orientação
para reflorestamento de áreas degradadas
e dá providências correlatas"
é um produto do Projeto de Políticas
Públicas: “Modelos de repovoamento vegetal
para proteção dos sistemas hídricos
em áreas degradadas nos diversos biomas do
Estado de São Paulo”, desenvolvido pela Secretaria
de Estado do Meio Ambiente através do Instituto
de Botânica de São Paulo com o apoio
da FAPESP.
O projeto realizou um levantamento da situação
atual dos reflorestamentos induzidos e constatou
que das 98 áreas monitoradas quanto à
recuperação florestal, num total de
aproximadamente 2.500 hectares, foram utilizadas
em média, apenas 30 espécies, quase
sempre as mesmas, sendo 2/3 delas dos estágios
iniciais da sucessão secundária e,
portanto, com ciclos de vida geralmente curtos (10-20
anos). Dos 30 viveiros florestais inicialmente consultados,
verificou-se que cerca de 340 espécies arbóreas
nativas são produzidas. Contudo, a maioria
deles concentram suas produções em
cerca de 30 espécies, quase sempre as mesmas.
Serão apresentadas as contribuições
do Instituto de Botânica de São Paulo
e da ESALQ para a recuperação de áreas
degradadas, associando questões técnicas
envolvendo a conservação da biodiversidade
e dos recursos hídricos, promovendo a geração
de empregos e trabalhando a capacitação
e formação de agentes multiplicadores
através de cursos e seminários, sempre
com o intuito de subsidiar políticas públicas
do governo paulista, como pode ser observado nos
resultados já obtidos no Projeto desenvolvido
pelo Instituto de Botânica de São Paulo
e no “Projeto Matrizes de Árvores Nativas”
desenvolvidos pela ESALQ/USP.
O principal objetivo desses dois eventos que contarão
com a participação de especialistas
convidados será discutir a Recuperação
de Áreas Degradadas e a Conservação
da Biodiversidade com base nos principais aspectos
da Resolução SMA 21, de 21/11/2001
e propor uma estrutura para formatação
de documento legal visando disciplinar a matéria
restauração florestal / revegetação
(incluindo: a conservação com proteção
e manejo de fragmentos degradados, endemismo, regeneração
espontânea, enriquecimento, fortalecimento,
adensamento e reflorestamento e compensações
ambientais) através de Portarias , Resoluções,
Decretos-Lei, etc.
Os eventos contarão com o patrocínio
e o interesse nas ações de conservação
da biodiversidade da International Paper do Brasil
e Corn Products Brasil.
Data:
12 e 13 de Setembro de 2003
Local: Instituto de Botânica
de São Paulo (IBt/SMA)
Av. Miguel Estéfano, 3687 – Água Funda
– São Paulo/SP
PROGRAMAÇÃO
Dia 12 (Sexta-feira)
08:30 – 09:00
Credenciamento e entrega do material
09:00 – 09:30 Abertura - Prof.
Dr. JOSÉ GOLDEMBERG – Secretário de
Estado do Meio Ambiente.
09:30 – 10:00 Palestra 1 – Resolução
SMA 21, de 21/11/2001: Avanços e perspectivas
na recuperação de áreas dentro
dos Programas de Adequação Ambiental.
Ricardo Ribeiro Rodrigues (ESALQ)
10:00 – 10:30 Coffe break
10:30 – 11:00 Plestra 2 – Reflexos
e potenciais da Resolução SMA 21,
de 21/11/2001, na conservação da biodiversidade
específica e genética. Convidado:
Paulo Y. Kageyama (Diretoria da Conservação
da Biodiversidade - Secretaria da Biodiversidade
e Floresta – MMA)
11:00 – 11:30 Palestra 3 - Inovação
na geração e aplicação
do conhecimento sobre biodiversidade para o desenvolvimento
sustentado do Estado de São Paulo. Luiz Mauro
Barbosa (IBt)
11:30 – 12:00 Palestra 4 – Manejo
florestal sustentável e a Resolução
SMA 21, de 21/11/01.
Convidada: Vera Lex Engel (UNESP – Botucatu)
12:00 – 13:30 Almoço
13:30 – 14:00 Palestra 5 – A nucleação
como ferramenta a ser incorporada como técnica
para a recuperação de áreas
degradadas e recomendações para a
legislação. Convidado: Ademir Reis
(Universidade Federal de Santa Catarina)
14:00 – 14:30 Palestra 6 – Resolução
SMA 21, de 21/11/2001: Recomendações
para Planos de Gestão e recuperação
de áreas degradadas. Convidado: Waldir Mantovani
(USP)
14:30 – 15:00 Palestra 7 – Exigências
técnicas para aprovação de
projetos de recuperação de áreas
degradadas: Efeitos da Resolução SMA
21, de 21/11/2001 e perspectivas futuras. Convidado:
Minoru Iwakami Beltrão (DEPRN)
15:00 – 15:30 Coffe break
15:30 – 16:00 Palestra 08 - Estabelecimento
das bases técnicas para o Programa de Repovoamento
Vegetal do Estado de São Paulo: Efeitos da
Resolução SMA 21, de 21/11/2001 e
perspectivas futuras. Convidada: Helena Carrascosa
Von Glehn (SMA)
16:00 – 16:30
Palestra 09 - A tecnologia de produção
de sementes e mudas e aspectos ecofisiológicos
de espécies arbóreas nativas como
instrumento de viabilidade da Resolução
SMA 21 de 21/11/2001. José Marcos Barbosa
(IBt)
16:30 – 17:00 Palestra 10 - Efeitos da Resolução
SMA 21, de 21/11/2001, na produção
regionalizada de sementes e mudas de espécies
arbóreas nativas no Estado de São
Paulo. André Gustavo Nave (ESALQ).
Dia 13/09
(Sábado)
08:45 – 09:15
Palestra 11 - Experiências na aplicação
da Resolução SMA 21 de 21/11/2001
em recuperação florestal nas áreas
de APP e RPPN. Miguel Magela (International Paper)
09:15 – 09:45 Palestra 12 - O efeito
da Resolução SMA 21 de 21/11/2001
sobre ecossistemas de manguezal e restinga. Pablo
Garcia Carrasco e Solange dos Anjos Castanheira
(UNICASTELO)
09:45 - 10:15 Coffe break
10:15 – 10:45 Palestra 13 - A Resolução
SMA 21 de 21/11/2001 e o desenvolvimento de alternativas
auto-sustentáveis na região de Ilha
Comprida. Décio José Ventura (Prefeito
de Ilha Comprida - SP)
10:45 – 11:15 Palestra 14 - Meio
Ambiente e a relação com a comunidade.
Convidado: Ivo Alexandre Jr. ( Corn Products)
11:15 –12:30 Plenária Final,
resultados do Seminário RAD e do II Workshop
RAD.
12:30 – 13:00 Encerramento.
Faça sua inscrição
(Vagas limitadas):
Instituto de Botânica de São Paulo
Fax: (11) 5073-3678
Tel: (11) 5073-6300 / ramal 219
Site: http://www.ibot.sp.gov.br/
E-mail: seminarioregional@yahoo.com.br
Promoção:
Secretaria de Estado do Meio Ambiente Instituto
de Botânica de São Paulo – SMA
Realização: Instituto
de Botânica de São Paulo – SMA LERF/LCB-ESALQ/USP
Apoio: FAPESP FNMA/MMA
Patrocínio: International
Paper do Brasil Corn Products Brasil
Lançamento
de Livros
Serão lançados
no dia 12 de setembro próximo vindouro às
18:00 horas, no auditório do Instituto de
Botânica, por ocasião do Seminário
“A Resolução SMA-21, de 21/11/2001,
como recurso gerencial para a Recuperação
de Áreas Degradadas: avanços obtidos
e perspectivas futuras”, dois livros.
O primeiro, “Diversificando o reflorestamento no
Estado de São Paulo: espécies disponíveis
por região e ecossistema” é de autoria
de Luiz Mauro Barbosa e Suzana Ehlin Martins. O
livro é um manual idealizado para atender,
de forma emergencial, a crescente demanda por informações
sobre quais espécies são indicadas
para plantio nas diferentes regiões ecológicas
do estado de São Paulo, especialmente após
as recomendações da Resolução
SMA nº 21/01, que tem como premissa a ocorrência
regional e a disponibilidade de mudas para aquisição
em viveiros florestais para a recuperação
de áreas degradadas. O manual reúne
quantidade preciosa de informação
obtida de um amplo levantamento bibliográfico
e da experiência acumulada durante o desenvolvimento
de projeto de políticas públicas apoiado
pela FAPESP. O manual foi idealizado de modo a permitir
que a informação atual possa ser atualizada
a qualquer momento. É, conseqüentemente,
um verdadeiro “vade mecum” para a recuperação
de áreas degradadas.
O segundo livro é a tradução
para a língua portuguesa do “Código
Internacional de Nomenclatura Botânica”, também
conhecido como Código de Saint Louis. A tradução
foi feita por Carlos Eduardo de Mattos Bicudo e
Jefferson Prado e é parte de um processo
maior, que visa à maior divulgação
possível em nível mundial e, especialmente,
no Brasil, desse conjunto de leis que rege a aplicação
dos nomes botânicos. Embora o primeiro Código
tenha sido publicado em 1867, jamais foi permitida
sua tradução para outras línguas
que não fossem aquela(s) em que foi originalmente
publicado. Foi apenas há dois anos, dentro
de uma política de ampliar ainda mais o uso
do Código, que a Associação
Internacional de Taxonomia Vegetal (IAPT), entidade
que o patrocina, abriu a possibilidade de sua tradução
para outras línguas. Português foi
a 11ª língua autorizada formalmente.
A tradução do Código foi patrocinada
pela própria IAPT e pela Sociedade Botânica
de São Paulo e tem o apoio do Instituto de
Botânica da SMA.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente
do Estado de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Carolina De Leon