Panorama
 
 
 

EUROPA CONTINUA IMPORTANDO MADEIRA
DE ORIGEM ILEGAL E DESTRUTIVA

Panorama Ambiental
Barcelona – Espanha, Bad Essen - Alemanha
Junho de 2003


Ativistas do Greenpeace abordaram o barco Ilmenau no Canal Middle land, na Alemanha. A embarcação trazia um carregamento de madeira proveniente da Libéria.

Ativistas também se acorrentaram aos guindastes da Wagner Company, proprietária da madeira de conflito (1).
Ao mesmo tempo, em Barcelona, outros ativistas entregaram toras de madeira provenientes da Libéria para escritórios do governo na Catalônia num protesto contra o envolvimento da Espanha na destruição das florestas antigas. A madeira pertence à empresa Maderas Perarnau, de Carnet de Mar, cujos rendimentos provenientes das exportações de madeira são usados para alimentar o conflito armado, além de madeireiros envolvidos com madeira ilegal. A Maderas Perarnau faz parte da Associação Espanhola de Importadores de Madeira (AEIM), que tem como “código de conduta” a não aquisição de madeira de origem duvidosa. O Greenpeace tem feito inúmeros pedidos às companhias européias para
barrar a compra de madeira da Libéria em especial, e de madeira ilegal em geral - até agora, sem resposta.
“Nós não podemos mais tolerar importações de madeira ilegal e destrutiva em portos europeus”, disse Christoph Thies, da campanha de Florestas do Greenpeace, em Barcelona. “Os governos da União Européia devem implementar uma nova legislação a fim de banir todas as importações de madeira ilegal, destrutiva e de conflito”.

O Greenpeace ressalta que o novo Plano de Ação da Comissão Européia sobre Legislação Florestal, Governabilidade e Comércio não reflete adequadamente a gravidade da questão da madeira ilegal e falha na implementação de uma nova lei que vise acabar com tal atividade destrutiva.
A exploração ilegal de madeira impulsiona a destruição das últimas florestas antigas do planeta e rouba das comunidades tradicionais os recursos naturais de que dependem para sobreviver. A campanha do Greenpeace pela proteção dos últimos remanescentes florestais do planeta tem como objetivo promover o uso ecologicamente sustentável e socialmente responsável das florestas, assim como a implementação de áreas de proteção. Áreas de florestas protegidas são dedicadas à conservação da biodiversidade e dos recursos naturais e culturais a ela associados, e são estabelecidas e manejadas respeitando os direitos de povos tradicionais - particularmente as populações indígenas. Tais áreas são protegidas contra a construção de estradas e atividades industriais. A campanha do Greenpeace também pede que os consumidores comprem apenas produtos provenientes de florestas manejadas de acordo com rígidos critérios sociais e ambientais, como os princípios e critérios do FSC (Conselho de Manejo Florestal) (2).

Notas:

(1) A expressão “madeira de conflito” ou “madeira de guerra” foi utilizada pela primeira vez em 2001 em um informe do Painel de Especialistas das Nações Unidas sobre a Exploração Ilegal dos Recursos Naturais e outras Fontes de Riqueza na República Democrática do Congo. A Global Witness, uma ONG britânica especializada em florestas e direitos humanos, definiu a madeira de conflito como “madeira que tem sido utilizada, em algum ponto de sua cadeia de custódia, por grupos armados, facções rebeldes, soldados regulares ou da administração civil, com o objetivo de perpetuar um conflito ou beneficiar-se das situações de conflito em proveito

próprio”. Atualmente, a madeira procedente de regimes ditatoriais, forças de ocupação ou facções rebeldes em países em conflito, como Burma, Libéria ou República Democrática do Congo, é considerada sob esta definição.

(2) O FSC, sigla em inglês do Conselho de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council), é o único sistema de certificação independente integrado por representantes de empresas madeireiras, organizações ambientalistas e do setor social. Mundialmente reconhecido, o FSC é o único sistema que atende a rígidos padrões ecológicos internacionais, incorporando de forma equilibrada os interesses de grupos sociais, econômicos e ambientais. A certificação é, atualmente, a melhor forma de atestar que o manejo de florestas nativas ou de plantações é realizado de maneira eficaz, ambientalmente adequada, transparente e economicamente viável. O selo FSC – também conhecido como selo verde – assegura transparência em todo o processo – desde a extração da madeira na floresta, passando pelo processamento na indústria até chegar ao consumidor final.


Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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