Panorama
 
 
 

NESTLÉ MENTE AOS CONSUMIDORES

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2003


Depois da Nestlé ter declarado em março, através de carta ao Greenpeace, que não utiliza ingredientes transgênicos em seus produtos, enviamos uma amostra da ração para cachorro Alpo, da Purina, para um teste no Laboratório Genescam, localizado em Itu (SP).
O resultado acusou 60% de soja transgênica da Monsanto neste produto, comprovando que a empresa está mentindo aos consumidores.
Para denunciar este resultado, 16 ativistas foram à sede da Nestlé no Dia da Mentira. O símbolo da empresa foi representado por três ativistas fantasiados de passarinho dentro de um ninho gigante, enquanto outros ativistas penduravam uma faixa vermelha com a mensagem “1º de Abril, Dia da Nestlé” no prédio da empresa. A cor da faixa serviu para lembrar que os produtos da Nestlé serão mantidos na lista vermelha do Guia do Consumidor até que a empresa adote medidas de controle de transgênicos, garantindo ao consumidor brasileiro o mesmo padrão de qualidade oferecido em outros países.
O laudo do laboratório foi encaminhado à ANVISA (Agência Nacional da Vigilância Sanitária), às Agências da Vigilância Sanitária Estaduais e ao Ministério Público Federal, junto com uma carta pedindo o imediato recolhimento deste produto dos supermercados. Até o fechamento desta edição, não foram tomadas providências.

Segunda edição do Guia do Consumidor

O Greenpeace lançou no início de meio a Segunda edição do “Guia do consumidor – lista de produtos com e sem transgênicos”, com a lista atualizada de produtos. Este é o resultado de um ano de trabalho: devido à pressão dos consumidores, 10 novas indústrias de alimentos se comprometeram a não utilizar transgênicos em seus produtos e foram incluídas na lista verde. Entre essas
empresas, estão o Frigorífico Marba, a Seara e o Grupo Pão de Açúcar, com as marcas próprias Pão de Açúcar, Barateiro e Extra. Cada vez mais, os consumidores têm um papel fundamental na questão dos transgênicos. Vamos continuar exigindo nosso direito a um alimento saudável e que não apresente riscos ao meio ambiente.

Governo edita Medida Provisória que beneficia Monsanto

O Greenpeace considera lamentável a publicação da medida provisória 113 (26/03/2003), que visa a liberar comercialmente, até janeiro de 2004, a safra de soja transgênica da Monsanto, antes proibida por uma sentença judicial.

Por que o Greenpeace é contra a Medida Provisória 113?

· Ela passa por cima do Poder Judiciário ao desrespeitar uma sentença judicial que exige a realização de estudo de impacto ambiental e na saúde humana, além de normas de rotulagem plena e rastreabilidade.
· Ela fere também a legislação ambiental e vai contra a opinião da maioria da população brasileira que prefere consumir um alimento convencional a um transgênico.
· A medida desrespeita o Código de Defesa do Consumidor pois não deixa claro como se dará a rotulagem do produto e favorece uma minoria de agricultores que plantou soja transgênica ilegalmente, além de premiar a Monsanto por conseguir colocar no mercado interno um produto sem avaliação de impacto no meio ambiente brasileiro e na saúde da população.
· Perdem, com a medida, a maioria dos agricultores e os consumidores brasileiros, que terão que engolir soja transgênica plantada ilegalmente. A contaminação da safra está em uma área isolada do país e sua liberação interna poderá minar iniciativas de sucesso no controle da safra, como vem acontecendo no Paraná.
· Ao permitir a comercialização da safra de soja contaminada no mercado interno, o Governo Federal deixará de cumprir suas promessas, assumidas durante a campanha eleitoral, de assegurar a realização de Estudos de Impacto Ambiental, toxicológicos e socieconômicos, a repressão a plantios clandestinos e ilegais e a garantia de informação plena ao consumidor.

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Diário de Bordo
Fotos e ilustração: Divulgação/Greenpeace (Cartoon: Angeli)

 
 
 
 

 

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