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PROGRAMA
FOME ZERO INCENTIVA
INCREMENTO DA ECONOMIA NA AMAZÔNIA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2003
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Acordo garante
repasse de R$ 7 milhões do Programa Fome
Zero para o Amazônia Solidária
Os ministros do Meio
Ambiente, Marina Silva, e da Segurança Alimentar,
José Graziano, assinaram no último
dia (05/06), no Palácio do Planalto, acordo
que garante repasse de R$ 7 milhões do Programa
Fome Zero para o Amazônia Solidária.
O objetivo da ação interministerial
é possibilitar aumento na produção
e comercialização dos produtos agroextrativistas,
vocação regional da Amazônia.
"Os recursos serão investidos no manejo
florestal e na exploração sustentável
dos recursos naturais. É o lado estruturante
do projeto de combate à fome", disse
a ministra Marina Silva.
O Amazônia Solidária atende hoje cerca
de 5 mil comunidades na Amazônia que vivem
da exploração da borracha, castanha
e da pesca. A ministra explicou que os recursos
serão utilizados em programas estruturantes,
permitindo às comunidades investir na aquisição
de motor para barcos, despolpadeira de frutas, além
de outros instrumentos que podem incentivar de forma
direta a economia local. A construção
de galpões para a armazenagem da produção
familiar, característica na região,
é uma das ações que permitirá
a organização dos produtores.
A idéia é que os dois programas trabalhem
sem sobreposição de ações,
aproveitando a capilaridade do Amazônia Solidária
junto aos órgãos públicos e
a sociedade civil e instituições não
governamentais. Essas comunidades poderão
ser beneficiadas por políticas que permitam
geração de renda e, conseqüentemente,
segurança alimentar. A ministra destacou
que as comunidades amazônicas não estão
incluídas em uma situação de
fome crítica, mas sim de precariedade produtiva,
por isso a necessidade de investimento em programas
que estruturem a economia local. "Vamos garantir
a produção de alimentos e a conservação
da floresta simultaneamente", afirmou Marina
Silva.
A cooperação entre os dois ministérios
irá garantir a implantação
da Política de Segurança Alimentar
numa sociedade organizada, incentivando a agricultura
familiar, o emprego da mão-de-obra local,
a organização da sociedade em associações
de produtores, cooperativas e na consolidação
de reservas extrativistas de uso sustentável,
com benefício direto à preservação
das áreas de florestas e cerrado, sem prejudicar
o desenvolvimento socioeconômico das populações
que as ocupam.