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IBAMA CRIA
GT DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL
PARA CATAGUAZES
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2003
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O presidente do
Ibama, Marcus Barros, criou um Grupo de Trabalho
para propor soluções de reparação
dos danos ambientais provocados pelo vazamento da
represa de contenção de Cataguases,
em Minas Gerais, que atingiu os rios Pomba e Paraíba
do Sul. O relatório técnico subsidiará
a presidência do Ibama sobre as sanções
administrativas que deverão ser aplicadas
à empresa infratora.
Integrado por seis técnicos das Gerências
Executivas do Ibama de Minas e do Rio de Janeiro
- estados afetados pelo acidente - o GT deverá
apresentar o relatório até o dia 9
de junho, conforme a portaria nº 88, publicada
no Diário Oficial da União que circulou
nesta sexta.
O relatório técnico deverá
contemplar todas as situações de danos
e impactos causados ao meio ambiente, à saúde
humana, aos manguezais, aos animais, aos organismos
marinhos, a destruição da flora, poluição
hídrica, interrupção de abastecimento
público d'água, bem como os danos
sócio-econômicos à população
local.
GTs para
preservar Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal,
Campos Sulinos e Costa
O Ministério
do Meio Ambiente vai criar grupos de trabalho específicos
para cada um dos principais biomas ameaçados,
disse ontem (7) o secretário de Biodiversidade
e Florestas, João Paulo Capobianco, ao comentar
a portaria da ministra Marina Silva criando o primeiro
destes grupos, voltado para a Mata Atlântica.
“Outros biomas brasileiros – Cerrado, Pantanal,
Campos Sulinos e Região Costeira – também
deverão ser contemplados com a criação
de Grupos de Trabalho específicos”, disse
o secretário. A portaria da ministra institui
o Grupo de Trabalho do Bioma da Mata Atlântica,
vinculado à Secretaria de Biodiversidade
e Florestas. O GT será composto por 2 representantes
Ministério do Meio Ambiente (coordenação);
2 da comunidade científica, indicados pela
SBPC ( um da área biológica e outro
da área de ciências humanas ), 2 representantes
do setor empresarial ( um indicado pela CNA e outro
pela CNI), um representante Ibama, um do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro; um representante
dos ministérios da Agricultura e da Ciência
e Tecnologia; um representante da Associação
Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente,
outro da Associação Brasileira de
Municípios e Meio Ambiente, outro do Conselho
Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica,
um representante das organizações
indígenas, um das comunidades de pescadores
artesanais e outro das comunidades quilombolas;
3 representantes da Rede de ONGs da Mata Atlântica,
sendo um da Região Nordeste, um da Região
Sudeste e outro da Região Sul. O MMA informou
que as despesas de cada membro do GT correrão
por conta dos órgãos e entidades representados.
O prazo inicial de um ano de trabalho pode ser prorrogado.
Com o ato, assinado no encontro do Ibama que prepara
o 1º Seminário sobre Fiscalização
na Mata Atlântica, o governo entende que atendeu
uma antiga reivindicação da sociedade,
relativa à recuperação e à
preservação dos remanescentes de Mata
Atlântica. Para a ministra, a criação
do GT e a realização desta preparatória
é uma resposta ao esforço de toda
a sociedade pela preservação do bioma
mais ameaçado do país, que deverá
resultar em uma verdadeira frente de proteção
ambiental. “O Ministério está cumprindo
seus compromissos. Queremos continuar e ajudar no
aprimoramento de uma parceria que já existe,
mas que necessita de mais apoio e de nova articulação
institucional, fazendo com que governo e sociedade
caminhem juntos pela proteção da Mata
Atlântica. Uma de nossas diretrizes é
fazer política com a sociedade, e não
apenas para a sociedade”, explicou. Com ampla ocupação
humana, mais de 60% da população do
país vive na região da Mata Atlântica,
os remanescentes da floresta sofrem enorme pressão.
“Estamos perdendo áreas definidas como prioritárias
para preservação. Precisamos, então,
deste espaço, que servirá para debate
e cobrança permanentes por estratégias
e ações concretas em benefício
da Mata”, ressaltou João Paulo Capobianco,
secretário de Biodiversidade e Florestas
do MMA. Participaram ainda do encontro o secretário-executivo
do MMA, Claudio Langone, o presidente do Ibama,
Marcus Barros, o secretário de Desenvolvimento
Sustentável do MMA, Gilney Vianna, o diretor
de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio
Montiel, dezenas de representantes de entidades
ligadas à Rede de ONGs da Mata Atlântica
(RMA), novos gerentes do Ibama dos Estados da Bahia,
do Rio Grande do Norte, de Pernambuco, do Paraná
e de São Paulo, entre outros. A reunião
desta quarta-feira foi uma iniciativa do Ministério
do Meio Ambiente (MMA), do Ibama e da RMA.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa