Panorama
 
 
 

EM SOROCABA, GREENPEACE LANÇA PROGRAMA
“CIDADES AMIGAS DA AMAZÔNIA”

Panorama Ambiental
Sorocaba (SP) – Brasil
Maio de 2003

Objetivo é incentivar consumo de madeira proveniente de manejo sustentável

O Greenpeace lançou seu programa "Cidades Amigas da Amazônia". O objetivo da campanha é que prefeituras
implementem políticas de consumo consciente e incentivem o mercado de madeira de manejo sustentável, adotando critérios para a compra de produtos madeireiros provenientes da Amazônia.
A primeira cidade envolvida no projeto é Sorocaba, no interior paulista. Com cerca de 500 mil habitantes, Sorocaba consome madeira amazônica em obras públicas e mobiliário para os órgãos municipais, além de ser um centro distribuidor de produtos madeireiros para vários municípios vizinhos (1). Esta manhã, representantes do Greenpeace reuniram-se com o secretário da prefeitura de Sorocaba, Sr. Carlos Maria, para apresentar a campanha (2). A reação inicial da prefeitura foi positiva e o conteúdo e formato da
proposta devem ser aprofundados em novos encontros.
Para tornar-se uma "Cidade Amiga da Amazônia", a administração deve formular leis municipais que exijam quatro critérios básicos em qualquer compra ou contratação de serviço que utilize madeira produzida na Amazônia: proibir o consumo de mogno (3); exigir, como parte dos processos de licitação, provas da cadeia de custódia que identifiquem a origem da madeira; dar preferência à madeira proveniente de planos de manejo sustentável, inclusive madeira certificada pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC) (4); e orientar construtores e empreiteiros a substituir madeiras descartáveis utilizadas em tapumes, fôrmas de concreto e andaimes por alternativas reutilizáveis como ferro ou chapas de madeira resinada.
"A idéia é que as prefeituras tornem-se exemplos de consumidores conscientes para o restante da sociedade, utilizando seu poder de compra como política ambiental (5)", disse Gustavo Vieira, coordenador do programa do Greenpeace. "Também é uma maneira de combater a exploração ilegal e predatória de madeira amazônica, que hoje é a regra do mercado, e não a exceção. Cada "Cidade Amiga da Amazônia" será um recado claro aos madeireiros: existe mercado consumidor para a madeira produzida de forma sustentável".
Em princípio, o programa estará concentrado nos municípios do Estado de São Paulo, já que os paulistas respondem por cerca de 20% do consumo de toda a madeira produzida na Amazônia, mas deve se expandir para outros estados em um futuro próximo. Esta iniciativa é parte da campanha do Greenpeace em defesa da Amazônia que, nos últimos anos, vem denunciando a exploração ilegal de madeira e trabalhando por um novo modelo de desenvolvimento para a região.

Notas:

(1) De acordo com o estudo "Acertando o Alvo II - Consumo de Madeira Amazônica e certificação florestal no Estado de São Paulo", editado em 2002 e realizado pelas entidades Imazon, Imaflora e Amigos da Terra, a mesorregião de Sorocaba figura entre as grandes distribuidoras de madeira através de depósitos a consumidores públicos e privados. Os autores do estudo não encontraram fontes oficiais de dados sobre o consumo de madeira pelo poder público. O estudo "Acertando o Alvo II" pode ser acessado pelo endereço www.amazonia.org.br/guia/detalhes.cfm?id=18432&tipo=6&cat_id=44&subcat_id=185
(2) Veja a íntegra da carta enviada pelo Greenpeace à Prefeitura de Sorocaba (www.greenpeace.org.br).
(3) O mercado de mogno - a mais valiosa madeira da Floresta Amazônica - está paralisado desde dezembro de 2001, quando o Ibama proibiu a exploração, transporte e comércio da espécie após comprovar a enorme ilegalidade que caracteriza o setor. Ações de fiscalização realizadas nas áreas de extração e nas empresas exportadoras constataram a exploração ilegal em terras indígenas e áreas públicas, fraude e desrespeito à legislação florestal.
(4) Atualmente, os melhores padrões e critérios de manejo florestal são os estabelecidos pelo FSC (Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal). O FSC é o único sistema de certificação independente que adota padrões ambientais internacionalmente aceitos, incorpora de maneira equilibrada os interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos e tem um selo amplamente reconhecido no mundo todo. O sistema FSC assegura a integridade da cadeia de custódia da madeira desde o corte da árvore até o produto final chegar às mãos dos consumidores. O FSC oferece a melhor garantia disponível de que a atividade madeireira ocorre de maneira legal e não acarreta a destruição das florestas primárias como a Amazônia.
(5) Confira o documento "O Poder de Compra como Política Ambiental", elaborada pelo Greenpeace para ser enviado às prefeituras. Veja também o folheto "Cidades Amigas da Amazônia".

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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