proposta
devem ser aprofundados em novos encontros.
Para tornar-se uma "Cidade Amiga da Amazônia",
a administração deve formular
leis municipais que exijam quatro critérios
básicos em qualquer compra ou contratação
de serviço que utilize madeira produzida
na Amazônia: proibir o consumo de mogno
(3); exigir, como parte dos processos de licitação,
provas da cadeia de custódia que identifiquem
a origem da madeira; dar preferência
à madeira proveniente de planos de
manejo sustentável, inclusive madeira
certificada pelo Conselho de Manejo Florestal
(FSC) (4); e orientar construtores e empreiteiros
a substituir madeiras descartáveis
utilizadas em tapumes, fôrmas de concreto
e andaimes por alternativas reutilizáveis
como ferro ou chapas de madeira resinada.
"A idéia é que as prefeituras
tornem-se exemplos de consumidores conscientes
para o restante da sociedade, utilizando seu
poder de compra como política ambiental
(5)", disse Gustavo Vieira, coordenador
do programa do Greenpeace. "Também
é uma maneira de combater a exploração
ilegal e predatória de madeira amazônica,
que hoje é a regra do mercado, e não
a exceção. Cada "Cidade
Amiga da Amazônia" será
um recado claro aos madeireiros: existe mercado
consumidor para a madeira produzida de forma
sustentável".
Em princípio, o programa estará
concentrado nos municípios do Estado
de São Paulo, já que os paulistas
respondem por cerca de 20% do consumo de toda
a madeira produzida na Amazônia, mas
deve se expandir para outros estados em um
futuro próximo. Esta iniciativa é
parte da campanha do Greenpeace em defesa
da Amazônia que, nos últimos
anos, vem denunciando a exploração
ilegal de madeira e trabalhando por um novo
modelo de desenvolvimento para a região.
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