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IBAMA AVALIA
DANOS NO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU
Panorama Ambiental
Porto Alegre (RS) - Brasil
Outubro de 2003
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Começou na
tarde de quarta-feira (08/10) a vistoria dos técnicos
do Ibama, na região da Estrada do Colono,
que corta o Parque Nacional do Iguaçu, para
avaliar os danos ambientais e materiais causados
pela invasão ocorrida no último final
de semana. Os moradores dos municípios lindeiros
ao parque abandonaram o local ao meio dia de ontem,
após acordo firmado com a Polícia
Federal, que iria retomar a área por força
de um mandado judicial, da Justiça Federal.
A posse foi reintegrada na presença do procurador-geral
do Ibama, Sebastião Azevedo, da procuradora-geral
do órgão no Paraná, Andréa
Vulcânis e da procuradora da República,
Patrícia Castro Nunez. A operação
foi realizada em conjunto pelas polícias
Federal; Florestal e Militar do Paraná.
Numa análise preliminar o Ibama avalia que
foram derrubadas cerca de 50 mil árvores
jovens, de até cinco metros, que vinham recompondo
a vegetação desde a última
invasão ao parque no ano de 2001. Serão
necessárias 120 mil mudas de espécimes
nativas para a recomposição. “Para
que a vegetação retorne ao estado
em que se encontrava antes da invasão levará
pelo menos dois anos e para a recomposição
da mata nativa em sua plenitude vão ser precisos
pelo menos 20 anos”, afirmou a diretora de Ecossistemas
do Ibama, Cecília Ferraz.
Mais que o dano ambiental, a invasão causou
também prejuízos materiais. A cerca
de proteção na altura da Estrada do
Colono, uma guarita de vigilância e a torre
de transmissão existente no local foram derrubadas
e duas casas foram incendiadas. A polícia,
que já havia apreendido anteriormente 15
coquetéis molotov, encontrou sob os escombros
uma bomba de fabricação caseira. A
balsa que os moradores estavam montando para dar
acesso à Estrada do Colono, através
do rio Iguaçu, na localidade de Porto Lupion,
foi apreendida e deverá ser destruída,
também por ordem da Justiça.
Benefícios à comunidade - Em reunião
do presidente do Ibama, Marcus Barros, o diretor
de Áreas Protegidas do Ministério
do Meio Ambiente, Maurício Mercadante, a
diretora de Ecossistemas do Ibama, Cecília
Ferraz, o gerente do órgão no Paraná,
Marino Gonçalves, o chefe do Parque de Iguaçu,
Jorge Luiz Pegoraro e o assessor técnico
da Diretoria de Proteção Ambiental
do Ibama, Kleber Ramos Alves, ficou estabelecido
que a agenda para beneficiar os municípios
do entorno do parque será mantida. “Queremos
manter o diálogo que beneficia as comunidades
através do desenvolvimento sustentado. Vamos
prosseguir a agenda com projetos como o da Escola
Parque, que oferece educação ambiental
às escolas da região; o de agricultura
orgânica; e o de ecoturismo, com a abertura
de novas trilhas e pistas de caminhada, entre outros”,
comentou Barros.
Ao final da tarde Marcus Barros fez uma visita ao
diretor-presidente da Itaipu Bi-nacional, Jorge
Samek. O presidente do Ibama conheceu o Ecomuseu
existente no local, representativo da biodiversidade
da região. A Visita a Samek teve como objetivo
retomar a negociação do convênio
firmado entre os dois órgãos em 2000,
para a busca do desenvolvimento sustentável
do Parque Nacional do Iguaçu e das comunidades
de seu entorno.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de comunicação