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CRIADO COMITÊ
PARA A CONSERVAÇÃO DE CANÍDEOS
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2003
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O Ibama acaba de
criar um comitê de especialistas que vai definir
as estratégias de conservação
das cinco espécies que integram a família
dos canídeos existentes no Brasil: o lobo-guará,
o cachorro-do-mato-vinagre, o cachorro-do-mato-de-orelha-curta,
a raposa-do-campo e o graxim-do-campo. Dentre eles,
o lobo-guará e o cahorro-vinagre são
os mais ameaçados.
Os dois estão na lista vermelha do Ibama
como vulneráveis, sendo que do cachorro-vinagre
pouco ainda se sabe do ponto de vista científico.
Isso, porém, não impede que sua espécie
seja uma das que mais correm o risco de desaparecer
do planeta, conforme alerta da União Internacional
para a Conservação da Natureza (IUCN,
na sigla em inglês). O comitê deverá
ampliar o trabalho que já vinha sendo feito
no Brasil em relação aos canídeos.
Até o momento, a ação concentrava-se
na conservação das espécies
em cativeiro. Com o comitê, a expectativa
do Ibama é reforçar o trabalho de
campo com esses animais. No workshop realizado em
maio deste ano para traçar as metas de conservação
da espécie, definiu-se como prioridades o
desenvolvimento de pesquisas e ações
relacionadas à genética e à
sistemática de canídeos, a conservação
in e ex-sittu, a predação de animais
domésticos, dentre outras.
Os canídeos são predadores de topo
da pirâmide alimentar. São de grande
importância para o equilíbrio ambiental
do lugar onde vivem, pois ajudam a regular as populações
de presas naturais. Têm ainda baixas taxas
reprodutivas e necessitam de grandes extensões
para caçar e sobreviver. Algumas espécies
são endêmicas, como é o caso
do cachorro-do-mato-de-orelha-curta - que existe
apenas na Amazônia - e o graxim, típico
dos campos sulinos. Os demais têm distribuição
mais ampla.
Entre as ameaças a que estão sujeitos
os canídeos no país estão a
perda de habitat, principalmente para a agricultura
e a caça motivada por conflitos com fazendeiros
em episódios de ataques a rebanhos ou criações
domésticas. Raposas e lobos costumam ser
recebidos a tiros em muitas propriedades rurais.
Outro grave fator de ameaça são os
atropelamentos desses animais nas rodovias que passam
próximo às unidades de conservação.
As maiores vítimas são os lobos-guarás.
Ascom - (61) 316-1015
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa