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IBAMA DOA
MOGNO A MOVIMENTOS SOCIAIS DO PARÁ
Panorama Ambiental
Belém (PA) – Brasil
Julho de 2003
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Ato público
realizado dia 04/07 por Organizações
Não Governamentais (ONG) na praia do Pajé
em Altamira, sudoeste do Pará, marcou a doação
aos movimentos sociais de seis mil toras de mogno
(18 mil metros cúbicos), extraídas
ilegalmente de terras indígenas no Xingu
e apreendidas pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA).
A madeira nobre doada, avaliada em cerca de R$ 80
milhões, será beneficiada e comercializada
através de acordo assinado entre a Federação
de Órgãos para Assistência Social
e Educacional (FASE), ONG com 40 anos de atuação
nos movimentos sociais e a empresa Cikel Brasil
Verde, madeireira dotada de certificação
florestal.
O fato da Cikel possuir o selo verde outorgado pelo
FSC (Conselho de Manejo Florestal), segundo o coordenador
regional da Fase - Amazônia, Matheus Otterloo,
foi decisivo na sua escolha. A Cikel possui há
três anos no Pará a maior área
de floresta nativa certificada do País.
Todos os recursos arrecadados com a comercialização
da madeira serão utilizados em projetos voltados
aos ribeirinhos, indígenas, pequenos produtores
e extrativistas que moram na região sudoeste
do Estado. A verba será administrada pelo
Fundo "Ademir Alseu Fredericci" com intermediação
da FASE.
A Fase atuará no processo de transformação
da madeira em um fundo destinado a reforçar
as ações dos movimentos sociais da
região em prol do desenvolvimento sustentável,
representados pela Fundação Viver,
Produzir e Preservar (FVPP). A entidade reúne
mais de 100 organizações sociais,
entre igrejas, sindicatos de trabalhadores rurais
e povos indígenas na região da Transamazônica
e do Xingu.
Histórico – Nos anos de 2001/02, o Ibama
apreendeu mais de 50 mil metros cúbicos de
mogno em toras e serrado, em Xinguara, Redenção,
Conceição do Araguaia, São
Félix do Xingu, Tucumã, Ourilândia
do Norte, Novo Progresso e Altamira, no Pará.
Decreto presidencial, de fevereiro de 2003, estabeleceu
uma comissão para definir o destino do mogno
ilegal apreendido; discutir novas regras de manejo
para a espécie; implementar as regras da
CITES e, ainda controle e fiscalização
rigorosas no manejo da árvore.
Ascom - (61)316-1015
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa