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BRASIL E
ALEMANHA DISCUTEM PROGRAMAS
DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Panorama Ambiental
Porto Seguro (BA) – Brasil
Junho de 2003
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A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, discutiu ontem (09/06),
com a ministra de Cooperação Econômica
e Desenvolvimento da Alemanha, Heidemarie Wieczorek-Zeul,
a continuidade da parceria entre os dois países
em programas de proteção ambiental.
A Alemanha é o maior doador do Programa de
Proteção às Florestas Tropicais
do Brasil (PPG-7). No mais recente acordo, foram
destinados 35 milhões de euros para projetos
ambientais na Mata Atlântica e para a demarcação
de 18 milhões de hectares na Amazônia,
dentro do Projeto Arpa.
A ministra alemã afirmou que seu país
está disposto a continuar a colaborar com
o Brasil. A ministra Marina Silva destacou a importância
da cooperação entre os dois países.
"O governo brasileiro reconhece e valoriza
as experiências desenvolvidas com apoio do
governo alemão nos últimos 10 anos.
Essas experiências estão sendo avaliadas
para que deixem de ser experimentos e sejam transformadas
em políticas públicas", disse
Marina Silva.
As ministras conversaram, ainda, sobre o desafio
de conciliar a redução da pobreza
com a proteção ambiental. Marina Silva
informou que programas do PPG-7 na Amazônia
têm como objetivo criar alternativas de desenvolvimento
sustentável para comunidades da região.
"A questão da sustentabilidade social,
uma das diretrizes do governo, deve estar fortemente
ligada à sustentabilidade ambiental",
reforçou a ministra.
Durante o encontro foi enfatizada a necessidade
de uma discussão global sobre o aumento de
energias renováveis na matriz energética
global, conforme foi proposto pelo Brasil na Rio
+ 10, realizada ano passado em Johannesburgo. Em
2004 a Alemanha realizará uma conferência
internacional para discutir o assunto, que tem oposição
dos Estados Unidos e dos países produtores
de petróleo. A ministra Marina Silva informou
que, nos próximos meses, o Brasil irá
sediar uma conferência preparatória
com países da América Latina e Caribe.
"O Brasil pretende manter a posição
de liderança internacional nas discussões
sobre energia, mas para que tenha autoridade no
plano externo, é preciso implementar o que
tem proposto" disse a ministra.
A ministra Marina Silva lembrou que, embora 80%
da matriz energética brasileira seja oriunda
de fontes renováveis (hidrelétricas),
o país discute formas de reduzir o impacto
ambiental desses empreendimentos e também
formas alternativas de energia, como a eólica,
solar e de biomassa. Ela destacou a existência
de uma Agenda Ambiental do Setor Elétrico,
uma iniciativa dos ministérios do Meio Ambiente
e de Minas e Energia no sentido de traçar
políticas para o setor de forma ambientalmente
sustentável.
A ministra da Cooperação da Alemanha
afirmou que o consenso entre as posições
brasileiras e de seu país nas questões
ambientais deve servir de exemplo em um momento
em que o mundo carece de acordos globais. Para a
ministra Marina Silva, a cooperação
de 10 anos entre os dois países foi bastante
frutífera e deve ser renovada. "Uma
parceria como esta deve continuar pelo menos pelos
próximos 10 anos", concluiu a ministra.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa