 |
IBAMA E
FEAM DISCUTEM TRANSPORTE
DE CARGAS TÓXICAS EM MINAS GERAIS
Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Junho de 2003
|
 |
O gerente executivo
do Ibama em Minas Gerais, Roberto Messias Franco,
reúne-se às 14h30, em Belo Horizonte,
com o presidente da Fundação Estadual
do Meio Ambiente (Feam), Ilmar Bastos, para discutir
o transporte de cargas tóxicas no estado.
O encontro, na sede da Feam, acontece dois dias
depois do acidente com um trem da Ferrovia Centro-Atlântica
(FCA), que provocou derramamento de produtos tóxicos
em Uberaba (MG).
O descarrilamento de 18 vagões da Ferrovia
Centro Atlântica (FCA) contendo octanol, metanol,
isobutanol e cloreto de potássio, é
o vigésimo segundo acidente da empresa em
Minas Gerais, desde a retomada do processo de licenciamento
corretivo junto ao IBAMA em 2000. Este procedimento
é adotado para empreendimentos implantados
antes da vigência da lei, que trata da obrigatoriedade
do licenciamento ambiental prévio.
Por ter causado o impacto ambiental, resultando
no desabastecimento de água no município,
a FCA foi multada em 10 milhões de reais
– a maior multa já aplicada no estado. A
penalidade está prevista na Lei de Crimes
Ambientais. Os cerca de 250 mil habitantes estão
sendo abastecidos por caminhão-pipa.
O Gerente do Ibama e os técnicos do Escritório
Regional em Uberlândia sobrevoaram e depois
vistoriaram ontem (11) toda área atingida.
“Percorremos a pé toda extensão do
córrego Congonhas até a sua foz no
Rio Uberaba, vendo o estrago causado. As primeiras
medidas emergenciais já foram adotadas pela
empresa e a qualidade da água vem sendo monitorada
por três laboratórios independentes
contratados”, informou Franco.
Passivo ambiental - Como operadora de 8 mil Km de
estradas de ferro, correspondente a 24% do total
da malha ferroviária brasileira, a FCA atua
em oito Estados, interligando as regiões
Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Em 2000, a empresa
retomou o processo de licenciamento corretivo junto
ao IBAMA, que está em fase de análise.
Segundo relatórios apresentados, a frota
da FCA é composta de mais de 400 locomotivas
e aproximadamente 8.080 vagões de diversos
tipos (tanques, graneleiros, containers, plataformas,
minérios, etc).
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa