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IBAMA NÃO VAI LIBERAR
A CAÇA DO JACARÉ-DO-PANTANAL
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Fevereiro de 2003
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O presidente do Ibama,
Marcus Barros, esclareceu na última sexta-feira,14,
que o instituto não vai liberar a caça
do jacaré-do-pantanal (Cayman yacare) na
natureza. Segundo ele mesmo afirmou em recentes
declarações à Imprensa de Mato
Grosso do Sul, a posição do Ibama
é a de realizar estudos e viabilizar as condições
legais para que se realize o uso sustentado da espécie
como forma de promover o desenvolvimento econômico
e social da região. O uso sustentado, explicou
Marcus Barros, deverá seguir rigorosamente
as regras do manejo de animais silvestres para o
abate e comercialização de seus subprodutos
(pele, carne, vísceras, etc).
O presidente insiste em diferençar a caça
(feita sem controle) do manejo sustentável.
Em primeiro lugar, a caça é uma atividade
proibida por lei, salvo em casos especiais e com
a devida regulamentação. Como atividade
ilegal, a caça não segue critérios
técnicos e pode colocar em risco a sobrevivência
das espécies.
Já o manejo sustentável de animais
silvestres é uma atividade prevista em lei
e deve ser realizada sob rigorosos controles técnicos
dos órgãos ambientais, de modo que
ela possa gerar desenvolvimento econômico
e social, repartição de riquezas e,
ao mesmo tempo, garantir a conservação
das espécies. Para que essa situação
se concretize, o Ibama desenvolve há, pelo
menos dez anos, estudos para viabilizar o manejo
sustentável do jacaré-do-pantanal.
Fome zero
Marcus Barros afirmou que a adoção
de técnicas de manejo sustentável
aplicadas à fauna silvestre é uma
das contribuições do Ibama para o
Programa Fome Zero. No caso específico do
jacaré-do-pantanal, o manejo bem aplicado,
lembrou ele, gera alimento para as comunidades envolvidas
no processo, oportunidade de empregos, criação
de serviços e fonte de divisas para o país.
Fonte:
Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa