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MINISTÉRIO DÁ
INÍCIO A NOVO
CICLO DE DEBATES COM OS MUNICÍPIOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2003
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O Brasil possui mais
de 5,5 mil municípios, em sua maioria com
menos de 10 mil habitantes, cada qual com suas características
e realidades próprias. O poder público
municipal, desde a criação do Sisnama
(Sistema Nacional de Meio Ambiente), há cerca
de 20 anos, tem atendido a uma demanda crescente
na área ambiental, nem sempre com a devida
qualificação e articulação
com as demais esferas de governo.
Para a ministra Marina Silva, o Ministério
do Meio Ambiente terá nesta gestão
um papel fundamental no fortalecimento do Conama
e na efetivação do Sisnama, ampliando
o diálogo com estados e municípios.
Ela participou de um debate sobre a Atuação
dos Municípios na Área Ambiental,
na manhã desta quarta-feira (12), durante
a 6ª Marcha em Defesa dos Municípios.
O evento se realizou no Hotel Blue Tree Park, em
Brasília (DF). Cerca de cem prefeitos de
todo o Brasil estiveram presentes.
Segundo a ministra, as grandes mudanças que
o país espera só serão possíveis
com a união de esforços entre as três
esferas de governo, com base em princípios
éticos, de cooperação, e com
entendimento político. “A reativação
e o fortalecimento da Comissão Tripartite,
que reúne para o debate União, Estados
e municípios, além da realização
da Conferência Nacional do Meio Ambiente,
são os primeiros passos desse novo relacionamento
do Ministério com Estados e municípios”,
ressaltou a ministra.
A Conferência Nacional do Meio Ambiente, de
acordo com Claudio Langone, secretário executivo
do MMA, também presente ao evento, servirá
para definir os rumos do Sisnama e as competências
de cada nível institucional. “Nossa idéia
é reunir o maior número possível
de atores, mesmo que com interesses conflitantes”,
disse. O encontro nacional deverá se realizar
já no segundo semestre de 2003.
Descentralização
Para a ministra,
a atual demanda ambiental brasileira não
poderá ser atendida sem a descentralização
da gestão ambiental, que tem como base a
resolução 237/97 do Conama (Conselho
Nacional do Meio Ambiente). No entanto, segundo
o secretário executivo do MMA, é preciso
resolver questões como a definição
do que realmente tem impacto local e do sombreamento
das competências na área ambiental.
“Temos que deixar claro as responsabilidades de
cada nível de governo e também como
irão se relacionar. Além disso, o
Conama não pode ser nem muito detalhista
e nem muito genérico no trato das questões
ecológicas”, explicou.
Marina Silva apresentou ainda as diretrizes para
o trabalho do Ministério. Para ela, a transversalidade
das ações relacionadas à política
ambiental, o desenvolvimento sustentável,
o controle social e o fortalecimento do setor ambiental
serão fundamentais para uma profunda mudança
na atual realidade ambiental brasileira. “Precisamos
desenvolver uma maior transversalidade interna e
uma política comum para todos os órgãos
do Sisnama”, completou.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa