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AMAZÔNIA
PODERÁ ADOTAR
POLÍTICA AGRÍCOLA PRÓPRIA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2003
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A Amazônia
poderá adotar uma política agrícola
própria. Os estados da região vão
discutir o assunto durante a Amazontech, evento
organizado pelo Sebrae, que divulga conhecimento
científico e os empreendimentos das empresas
públicas e privadas da região norte
do país. A proposta foi discutida hoje durante
reunião do ministro da Agricultura, Roberto
Rodrigues, com os organizadores da Amazontech, o
presidente do Sebrae, Silvano Giani, e o presidente
da Embrapa, Clayton Campanhola.
De acordo com o diretor do Sebrae do Amazonas, José
Carlos Reston, a idéia é inédita
e pretende implantar uma política socialmente
justa, economicamente viável e ecologicamente
correta. Ele destacou que a Amazônia tem potencial
para explorar minerais, fruticultura, a biomassa
verde e a piscicultura. Para Reston, a Amazônia
tem uma biodiversidade que se fosse explorada resultaria
num potencial da ordem de R$ 1 trilhão. O
diferencial para a região, destacou, é
garantir modelos de exploração como
o selo verde e a certificação. O diretor
do Sebrae criticou os baixos investimentos em pesquisa
na região. "Os recursos destinados à
pesquisa dos recursos naturais são ridículos",
afirmou.
Para o senador amazonense, Arthur Virgílio
(PSDB), que também participou da reunião,
a Amazônia pode crescer investindo no agronegócio.
Ele defendeu uma política agrícola
para a região que dê prioridade a agricultura
sustentável. O Amazonas, explicou, tem 2%
da cobertura vegetal atingida graças ao êxito
da Zona Franca de Manaus. "A agricultura na
Região tem que ser trabalhada com cautela".
O presidente da Embrapa, Clayton Campanhola, anunciou
a criação do Conselho de Pesquisa
Agropecuária da Região Amazônica
durante o Amazontech. A iniciativa vai reforçar
a atividade de pesquisa na região. O Conselho
vai trabalhar para identificar as demandas de pesquisa
e apresentar propostas.
A terceira edição do Amazontech será
realizada entre os dias 24 e 27 de setembro, em
Manaus. O evento engloba atividades nos nove estados
da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas,
Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins) e nos países localizados
na Amazônia Internacional: Bolívia,
Colômbia, Chile, Guiana Francesa, Peru, Suriname
e Venezuela.
Fonte: Agência Brasil (www.radiobras.gov.br)
Cristina Guimarães