 |
EXONERADO
PRESIDENTE DA FUNAI INDICADO PELO PT
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2003
|
 |
Trigésimo
presidente da Funai e primeiro do novo governo,
Eduardo Almeida ficou seis meses no cargo
Eduardo Almeida na
abertura do seminário sobre a Convenção
169 da OIT em 11/08O jornalista e indigenista Eduardo
Aguiar de Almeida está exonerado do cargo
de Presidente da Fundação Nacional
do Índio (Funai), de acordo com a portaria
de número 1.345, emitida pelo Ministro da
Casa Civil José Dirceu e publicada hoje (15/08)
no Diário Oficial da União. De acordo
com o Ministério da Justiça, ainda
não há substituto para o cargo, que
está sendo exercido de forma interina pelo
diretor de assuntos fundiários Antônio
Pereira Neto.
Indicado pelo PT e elogiado à época
por vários políticos do partido, a
notícia de sua exoneração não
é surpresa. Ele havia entregue carta ao ministro
da Justiça, Márcio Thomaz Bastos,
colocando seu cargo à disposição
na segunda-feira, 11 de agosto. No dia seguinte,
12 de agosto, às 18h:44, enviou cópia
da carta pela internet a um conjunto de interlocutores
ligados à causa indigenista.
Em entrevista à Folha OnLine, na quarta-feira
(13/08), ele disse que sua demissão foi influenciada
por pressões vindas dos senadores Antônio
Carlos Magalhães (PFL-BA) e Romero Jucá
(PMDB-PR) e dos governadores Blairo Maggi (PPS-MT),
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Luiz Henrique da
Silveira (PMDB-SC). Os dois senadores negam a acusação,
mas, de acordo com o boletim ViaEcológica,
o governador do Mato Grosso teria assumido ter influenciado
na decisão.
Ontem, Eduardo Almeida divulgou carta na qual afirmou:
"O indigenismo oficial precisa urgentemente
de quadros especializados, experimentados e profissionais,
e não pode mais ficar sujeito a arbítrios
e intromissões obscuras."
Fonte: ISA – Instituto Sócio
Ambiental (www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa