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EXPEDIÇÃO
AVALIA PEIXE-BOI NO PARÁ
Panorama Ambiental
Santarém (PA) – Brasil
Agosto de 2003
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Começou no
domingo (10/08) e prossegue até o dia 18
deste mês, a segunda etapa da expedição
do Projeto Peixe-boi, nas comunidades da Reserva
Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Pará,
percorrendo o Rio Arapiuns e seu entorno. A primeira
etapa foi realizada no ano passado e teve como foco
o Rio Tapajós e a Floresta Nacional de Tapajós.
O Projeto Peixe-boi foi criado em 1980 para a proteção
da espécie de peixe-boi marinho, proveniente
da costa nordestina. Em 1998 recebeu o status de
Centro Nacional de Pesquisa, Conservação
e Manejo de Mamíferos Aquáticos-CMA.
A partir do ano 2000 o Centro começou a desenvolver
um trabalho de pesquisa sobre o peixe-boi amazônico,
através do que chamaram de Expedição
Peixe-boi da Amazônia, percorrendo os Rios
Solimões, Negro e Madeira.
No Estado do Pará, em Santarém, o
projeto é realizado desde 2001 quando o Centro
e o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) assinaram
um termo de cooperação técnica.
O objetivo do Projeto Peixe-boi é mudar o
quadro de decréscimo populacional desse mamífero,
decorrente da caça indiscriminada, da morte
acidental em rede de pesca e a violenta degradação
de seu habitat natural.
A Expedição Peixe-boi da Amazônia,
com cinco pessoas, saiu domingo (10/08),da Vila
de Alter-do-Chão, Santarém (PA). A
equipe vai levantar dados sobre a pressão
da caça ao peixe-boi amazônico e a
atual população dessa espécie
que está na lista dos animais em extinção.
O objetivo do projeto segue três etapas: resgate,
reabilitação e a reintrodução
dos animais.
Na expedição realizada no ano passado
a equipe constatou que grande parte da população
ribeirinha caça o peixe boi para consumir
sua carne, o que tem acarretado o seu desaparecimento.
No Brasil existem duas espécies desse mamífero
aquático: o peixe-boi marinho, na costa do
Nordeste, e o peixe boi da Amazônia, no rio
Amazonas e seus afluentes.
Os animais são dóceis e inofensivos.
Alimentam-se de algas, mangues, capins aquáticos
e outras plantas. Dessa forma atuam como importantes
controladores do equilíbrio ecológico.
Vivem até 60 anos e possui baixa taxa reprodutiva:
a fêmea tem geralmente um filhote a cada quatro
anos.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa