 |
MARINA SILVA
QUER MAIS PARTICIPAÇÃO
NAS DISCUSSÕES SOBRE O CLIMA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2003
|
 |
A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, disse a ambientalistas da
Rede Brasileira de ONGs e Movimentos Sociais em
Mudanças do Clima que “o Ministério
do Meio Ambiente quer ter uma ação
muito mais pró-ativa do que já alcançamos
hoje” em relação ao tema. A ministra
reconheceu o papel que o Brasil tem desempenhado
e a liderança que tem ocupado nas discussões
internacionais sobre as mudanças climáticas,
mas admitiu que o MMA teve até agora uma
ação muito tímida nessa questão.
Segundo Marina Silva, o ministério está
trabalhando agora no sentido de se apropriar do
todo o acúmulo existente sobre mudanças
climáticas, estabelecendo uma relação
de integração com os Ministérios
das Relações Exteriores, da Ciência
e Tecnologia e Minas e Energia para construir uma
política de governo. Um dos objetivos é
incorporar a variável ambiental no planejamento
energético do país.
De acordo com Marina Silva, o ministério
trabalha com dois aspectos básicos para a
construção de uma política
para o clima. “Buscaremos diminuir a produção
de gases, através do controle e redução
de desmatamentos e queimadas e da promoção
de uma matriz energética sustentável,
estimulando o desenvolvimento tecnológico
da geração elétrica por fontes
renováveis, como eólica, solar, biomassa
e pequenas hidroelétricas, evitando a expansão
de usinas nucleares e obras com grande impacto ambiental
e social”, disse a ministra.
Marina Silva participou do encontro de ambientalistas
acompanhada do secretário-executivo do ministério,
Claudio Langone, e da secretária de Qualidade
Ambiental, Marijane Lisboa. “Estamos trabalhando
para que o ministério internalize competências
para operar com o tema”, disse a ministra. Ela lembrou
que em abril o ministério realizou um seminário,
reunindo as diversas secretarias, o Ibama, a Agência
Nacional de Águas e vários especialistas,
já buscando contribuições sobre
o assunto. Marina disse aos ambientalistas que encontros
como esses são fundamentais. “Não
é à toa que um dos eixos que estrutura
a nossa política ambiental é o controle
social e a participação da sociedade.
É a partir dessa relação com
os vários e diferentes segmentos da sociedade
que nós vamos estar sendo capazes de construir
políticas públicas que estejam devidamente
entranhadas tanto dentro do aparato de Estado como
dentro da sociedade”, disse a ministra.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa