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PESQUISADORA ALERTA PARA
RISCO DO ALCOOLISMO ENTRE OS ÍNDIOS

Panorama Ambiental
Cuiabá (MT) – Brasil
Maio de 2003

As origens do vício e as conseqüências danosas nas aldeias foram tema de discussão no fórum nacional

Tão devastador quanto o genocídio propriamente dito, o álcool se firmou como aliado eficiente do "progresso" e ajudou a imunizar a resistência dos povos indígenas mais rebeldes.
Introduzida nas aldeias pelo homem branco logo que o enfrentamento começava a se acirrar, as bebidas destiladas complementavam o serviço de "docilização" e minavam o espírito guerreiro dos índios que sobreviviam à ação dos militares.
Esta pode ser considerada a origem do mal que hoje assola a grande maioria dos povos indígenas e imputa ao dia a dia deles problemas sociais como a violência doméstica, a mortalidade precoce e a deterioração de gerações futuras. A tese é da professora da UFMT Edir Pina Barros, especialista na questão da saúde indígena, que abordou o assunto ontem, no IV Fórum Nacional de Defesa da Saúde na Criança Indígena.
"Os índios Bororo, por exemplo, recebiam doses absurdas de cachaça trazidas por um destacamento militar instalado próximo da aldeia, no final do século XIX.
O objetivo maior era diminuir suas forças para fins de colonização", descreve a professora. O exemplo da etnia é sintomático, segundo ela. A estratégia escolhida pelos militares foi fundamental para a tomada de terras e a redução geral do número de indivíduos. Eram cerca de 16 mil em Mato Grosso na época, hoje não passam de 500. O mesmo expediente foi utilizado com outros povos da região.
A professora relata que conheceu de perto a realidade dos índios Caiuá, originários da região de Dourados (MS), onde os índices de consumo de álcool, crimes e suicídio são alarmantes. A professora também verificou a mesma situação em estudos realizados junto a outros povos que residem em Mato Grosso.
Pesquisa feita pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul revela que os Terena, que já povoam Mato Grosso, sofrem de perto com o problema. Entre a população masculina fixada nas aldeias, 22% consome álcool regularmente.
Este índice aumenta para 31% entre os Terena já radicados nas cidades. "Muitas culturas já faziam uso de plantas e raízes alucinógenas para preparar suas bebidas, mas não há registro de dependência. Além disso, eram substâncias naturais e não químicas e destiladas", argumenta Edir. Ela revela que drogas mais fortes, como cocaína, também já estão introduzidas nas aldeias. Contribui para isso o contato próximo com a sociedade urbana, o empobrecimento generalizado pela falta de espaço para plantio e o sedentarismo dos índios. "Precisamos pensar o problema sob a ótica deles, abrir os conceitos e respeitar as diferenças culturais. Procedimentos clínicos de tratamento que existem hoje podem não dar certo com os indígenas", propõe a professora.

Fonte: Amazônia (www.amazonia.org.br)
Diário de Cuiabá (www.diariodecuiaba.com.br)
Assessoria de imprensa (Daniel Pettengill)

 
 
 
 

 

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