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ESTRADA-PARQUE
EM CARLOS BOTELHO
VALORIZA TURISMO ECOLÓGICO
Panorama Ambiental
São Miguel Arcanjo (SP) – Brasil
Abril de 2003
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A Rodovia SP 139,
mais conhecida como Estrada da Macaca, tem sido,
ao longo do tempo, motivo de sucessivos conflitos
de interesse entre os seus usuários e os
grupos ambientalistas interessados na preservação
do Parque Estadual "Carlos Botelho", por
ela atravessado.
Até por isso é importante registrar
a evolução que vem ocorrendo face
a essa questão mediante o diálogo
entre a direção daquela unidade de
conservação, exercida atualmente pelo
especialista José Luiz de Camargo Maia, com
os demais órgãos do Estado e usuários
da rodovia.
Isso permitiu que ela, atualmente passando por obras
de recuperação efetuadas pela Codasp,
concilie plena utilização com atenção
especial à orientação, quanto
ao seu uso e prevenção de acidentes,
credenciando-se a ser transformada em Estrada-Parque.
Ao longo deste verão observou-se um significativo
aumento no fluxo de veículos e pedestres,
principalmente no trecho que vai desde o início
dela, passando pela área de uso público
(Rio Taquaral e Bica), até o Rancho do DER,
no braço do Rio Taquaral, áreas essas
que se situam, todas, no Parque Estadual "Carlos
Botelho".
Face à nova realidade, a direção
do Parque intensificou as operações
conjuntas, envolvendo os monitores ambientais e
a Guarda Ambiental Mirim, em conjunto com as Polícias
Ambiental de Itapetininga, Rodoviária e Militar.
Os resultados conseguidos têm sido bons
Os trabalhos desenvolvidos têm, portanto,
caráter mais didático do que simplesmente
fiscalizador. Seu objetivo não é reprimir
mas prevenir abusos e preparar a população
para o devido uso da estrada e suas áreas
de lazer.
Realizadas com rondas de viatura e abordagem de
veículos, principalmente nos últimos
finais de semana, compreendem, como qualquer ação
de policiamento de trânsito, o exame de documentação,
uso de capacete ou cinto de segurança, estado
do veículo e consumo de álcool pelos
condutores.
Mas, além disso, os visitantes recebem orientação
consistente sobre o limite de velocidade, aspectos
fundamentais do Parque e cuidados com o lixo. São
alertados, principalmente, para a necessidade de
se manterem atentos à movimentação
de animais, bastante comum por ser tratar de uma
extensa área de Mata Atlântica.
Segundo o ambientalista Camargo Maia, tais ações
têm como principal objetivo disciplinar o
uso da rodovia. Um dos próximos passos será
conseguir do Estado sua transformação
em uma Estrada-Parque.
Os trabalhos desenvolvidos têm, portanto,
caráter mais didático do que simplesmente
fiscalizador. Seu objetivo não é reprimir
mas prevenir abusos e preparar a população
para o devido uso da estrada e suas áreas
de lazer, evitando riscos de acidentes aos freqüentadores
e aos animais.
São ações plenamente justificadas
e, mais do que isso, necessárias. A Estrada
da Macaca corta a porção mais bem-preservada
de Mata Atlântica em nosso país e,
se contar com suficiente respaldo, pode se converter
numa referência em turismo agroecológico,
atividade cada vez mais intensa e economicamente
importante em nossa região.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul/Parque
Estadual Carlos Botelho
José Luiz Camargo Maia