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GREENPEACE
CRITICA RETOMADA DE PROJETO NUCLEAR
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Julho de 2003
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Conselho
Nacional de Política Energética decide
de forma autoritária pela construção
de Angra 3
Diante das declarações
do presidente da Eletrobrás, Luis Pinguelli
Rosa, de que o Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE), do Ministério de
Minas e Energia, estaria adotando medidas para a
retomada do programa nuclear brasileiro, o Greenpeace
manifesta sua preocupação pela maneira
autoritária como uma questão de vital
importância para o país teria sido
tomada.
Cidadãos das regiões Sul e Sudeste
em “acionistas” de uma futura usina nuclear Angra
3 - sem que o governo os tenha consultado.
A Eletronuclear é uma empresa deficitária
por ser superdimensionada e por lidar com uma forma
de energia muito onerosa no mundo todo. Apenas para
existir, a Eletronuclear consome 1 milhão
de reais por dia.
Não é mais preciso dizer que as usinas
nucleares são inseguras, sujas, caras e ultrapassadas.
O que surpreende o Greenpeace é a forma arrogante
e autoritária como um grupo limitado de pessoas
está decidindo quais os riscos e custos a
que milhões de brasileiros estarão
sujeitos, e como bilhões de reais do orçamento
público serão gastos, e sem qualquer
consulta à sociedade.
Tal atitude rompe com os compromissos do governo
Lula de ouvir os apelos da sociedade civil por uma
maior transparência e uma participação
direta na tomada de decisões. Tal atitude
também desrespeita e atropela a Câmara
dos Deputados, que deverá realizar em breve
uma audiência pública sobre o programa
nuclear brasileiro.
Por fim, em outra atitude condenável, o governo
exonerou do CNPE a maior autoridade em assuntos
energéticos do país (o Professor José
Goldemberg, considerado dissonante do resto do conselho).
“O Greenpeace agora espera que o governo Lula corrija
o rumo e retome o caminho dos investimentos em energias
limpas e renováveis, que garantam um desenvolvimento
sustentável para o país. Por enquanto
só podemos condenar essas últimas
medidas que vão contra o discurso democrático
apregoado desde o início do atual governo
”, afirmou Sérgio Dialetachi, coordenador
da Campanha de Energia do Greenpeace Brasil.
Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa