“Doze
Sujos”. Entre elas, estão as dioxinas
e os furanos, substâncias potencialmente
cancerígenas. A Convenção
classifica os incineradores de resíduos
e os fornos de cimento para co-geração
de energia por meio da queima de resíduos,
como sendo uma das principais fontes de dioxinas,
furanos e PCBs (“Polychlorinated Biphenuyls”).
Além disso, recomenda o uso de tecnologias
alternativas para evitar a geração
desses subprodutos. O Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) reportou
que os incineradores são a fonte de
mais de 60% das emissões mundiais de
dioxinas.
De acordo com a Aliança Global Contra
os Incineradores (GAIA/Global Anti-Incinerator
Alliance-), da qual o Greenpeace faz parte,
e que é a responsável pela organização
das manifestações, os objetivos
da Convenção de Estocolmo reforçam
que a incineração é um
sistema de gerenciamento de resíduos
insustentável, principalmente para
os países que assinaram o documento.
O governo brasileiro também deve fazer
sua parte, não permitindo que sistemas
de incineração sejam implantados
no país, e ratificando a Convenção
de Estocolmo. “O governo Lula deve enviar
o documento da Convenção para
votação pelo Congresso Nacional.
Esse, por sua vez deve ratificar a Convenção,
ou seja aprová-la, para que ela se
torne lei no nosso país”, disse John
Butcher, responsável pela campanha
de Substâncias Tóxicas do Greenpeace
Brasil.
As emissões tóxicas, que são
liberadas mesmo pelos incineradores mais modernos
(nenhum processo de incineração
opera com 100% de eficácia), são
constituídas por três tipos de
poluentes altamente perigosos para o ambiente
e para a saúde humana: os metais pesados,
os produtos de combustão incompleta
e as substâncias químicas novas,
formadas durante o processo de incineração.
“A incineração não tem
lugar em um futuro sustentável”, afirmou
Butcher. “Esse processo anda na contramão
de qualquer iniciativa de redução
na fonte, reutilização e reciclagem
de resíduos. A incineração
é deseducação. A incineração
não é a solução”,
disse.
No Brasil, outras organizações,
como a ACPO (Associação de Combate
aos POPs/ Associação de Consciência
à Prevenção Ocupacional),
e outras redes, como o Fórum Lixo e
Cidadania de São Paulo, trabalham para
pôr fim à incineração
no país.
O Greenpeace Brasil trabalha em conjunto com
essa entidades para que os incineradores sejam
banidos do país, por meio da proibição
desse tipo de sistema de gerenciamento pelo
próprio Projeto de Lei da Política
Nacional de Resíduos Sólidos,
ou por meio de leis específicas que
proíbam a incineração.
A organização trabalha também
pela produção limpa e pelos
sistemas de gestão de resíduos
que sejam limpos e sustentáveis. Mais
informações sobre o tema estão
disponíveis no site da organização.
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