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PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA DA ONU COLOCA LOBBY
NORTE-AMERICANO PRÓ-TRANSGÊNICOS NA DEFENSIVA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2003

A agressiva campanha norte-americana para forçar a aceitação global dos alimentos e sementes transgênicos sofreu um grande revés hoje, quando Palau tornou-se o 50º país a ratificar o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (1). O Greenpeace vê com bons olhos a entrada em vigor do Protocolo de Biossegurança, que é o primeiro acordo global legalmente vinculante que reafirma o direito soberano dos países de rejeitar organismos geneticamente modificados (OGMs) com base no princípio da precaução.
Um dos principais destaques do Protocolo é que ele materializa o reconhecimento da comunidade internacional de que variedades geneticamente modificadas são fundamentalmente diferentes das variedades convencionais, já que representam riscos para o meio ambiente, a biodiversidade e a saúde humana. Por causa dessas e de outras consequências não intencionais, o Protocolo exige que esses organismos sejam tratados com precaução. Todos os países que fazem parte do Protocolo têm o direito de proibir ou restringir OGMs quando houver incerteza científica sobre a segurança desses organismos a curto e longo prazo. O Protocolo também reafirma explicitamente o direito das partes de banir importações de OGMs e de impor padrões de segurança mais rígidos.
“O ataque norte-americano às restrições européias aos transgênicos na OMC foi feito para intimidar principalmente os países em desenvolvimento e fazê-los aceitar os transgênicos. O Protocolo de Biossegurança é uma ferramenta importante para os países que já possuem ou que planejam impor restrições aos OGMs a fim de proteger seu meio ambiente e o direito de seus consumidores e agricultores, mas que temem sofrer retaliações norte-americanas na OMC”, disse Dan Hindsgaul, da campanha de engenharia genética do Greenpeace Internacional.
Mais de dois terços de todos os países que ratificaram o Protocolo são países em desenvolvimento, o que demonstra que esses países reconheceram a necessidade de impor medidas de biossegurança e que o Protocolo pode ser usado como uma defesa contra a pressão norte-americana.
No Brasil, o Protocolo ainda precisa ser assinado e ratificado. O Presidente Lula, que já havia se comprometido com a ratificação do acordo em seu programa de governo, enviou ao Congresso Nacional, no último dia 22 de maio, um projeto de inclusão do Brasil no Protocolo. O Congresso, no entanto, ainda não discutiu a proposta presidencial.
O Protocolo de Cartagena foi adotado em janeiro de 2000, em Montreal (Canadá), depois de muitos anos de difíceis negociações, que foram constantemente atrapalhadas e boicotadas pelos EUA, Canadá, Argentina e Austrália. Os EUA nem sequer deram o primeiro passo no sentido de ratificar a Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica e, por isso, não podem fazer parte do Protocolo de Cartagena. O Protocolo entrará em vigor no dia 11 de setembro de 2003.
“A entrada em vigor do Protocolo de Biossegurança indica que com forte vontade política, a comunidade internacional pode ir adiante e ficar frente a frente com essa intransigência. Os EUA têm tentado impedir qualquer acordo sobre agricultura, fazendo campanha contra qualquer forma de regulação que possa restringir o acesso ao mercado para suas empresas de engenharia genética e agribusiness”, alertou Hindsgaul.
“Agora que o Protocolo vai entrar em vigor, é necessário transformar esses princípios em ações, garantindo sua efetiva implementação. O Congresso Nacional precisa, com urgência, incluir o Brasil neste foro internacional”, completou Mariana Paoli, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace no Brasil.

 

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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