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DIRETOR
DA CETESB ENTREGA AS TRÊS PRIMEIRAS
LICENÇAS RENOVÁVEIS NO ESTADO
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Dezembro de 2003
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José Jorge/SMA
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O
diretor de Controle da Poluição
Ambiental da CETESB – Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental, Fernando Rei, efetuou
nesta quinta-feira (19/12), em São
José do Rio Preto, a entrega das primeiras
licenças renováveis no Estado
de São Paulo, atendendo ao que determina
o Decreto Estadual nº 47.400, de 4 de
dezembro de 2002, que regulamenta dispositivos
da Lei Estadual nº 9.509, de 20 de março
de 1997.
As Licenças de Operação
renováveis, emitidas por meio eletrônico,
que também constitui uma inovação
do sistema, foram da Citrovita Agroindustrial
Ltda. e Usina Cerradinho Açúcar
e Álcool S.A., de Catanduva, e Fuga
Couros Ltda., de Jales, que |
se
encontram na lista de aproximadamente 2.800
empresas consideradas prioritárias,
em razão de seu porte e potencial de
poluição, que estão sendo
convocadas pela CETESB. As Licenças
de Operação renováveis,
que terão validade de dois a cinco
anos, permitirão um melhor controle
por parte da CETESB. A legislação
inclui dispositivos que prevêem a melhoria
contínua do desempenho das indústrias,
com reflexos positivos para o meio ambiente.
O Estado de São Paulo tem 120 mil fontes
potenciais de poluição industrial,
que estão sendo convocadas pela agência
ambiental para a renovação das
licenças. |
Resíduos
hospitalares
Fernando Rei participou
da inauguração, pela manhã,
do Centro de Tratamento de Resíduos de Serviços
de Saúde, da Constroeste Indústria
e Comércio Ltda., empresa responsável
pela coleta, transporte, tratamento e disposição
final do lixo domiciliar e comercial do Município
de São José do Rio Preto. A solenidade
contou com a presença, entre outros, do prefeito
Edinho Araújo e de sua vice-prefeita, Maureen
Cury, do secretário municipal de Meio Ambiente
e Urbanismo, José Carlos de Lima Bueno e
do promotor de Justiça, Ademir Peres, além
do diretor e gerentes regionais da CETESB e dos
dirigentes da Constroeste.
O sistema de tratamento dos resíduos de saúde,
que teve aprovação do DAIA – Departamento
de Avaliação de Impacto Ambiental
e da CETESB, órgãos da Secretaria
do Meio Ambiente do Estado, vai utilizar duas autoclaves
que, por meio de injeção de gases
em alta temperatura, vai promover a esterilização
do lixo.
A central vai tratar as quatro toneladas diárias
de resíduos recolhidos nos hospitais, farmácias
e laboratórios de São José
do Rio Preto, num total de cerca de mil geradores
de resíduos de saúde que, antes, eram
dispostos de forma inadequada. Com capacidade para
tratar até oito toneladas por dia, o sistema
poderá receber resíduos hospitalares
provenientes dos municípios vizinhos. As
autoclaves, triturador e as instalações
demandaram um investimento de cerca de R$ 2 milhões.
O diretor da CETESB destacou a iniciativa lembrando
que a defesa e preservação do meio
ambiente não constitui responsabilidade exclusiva
do poder público, mas que depende da parceria
entre todos os segmentos da sociedade. Lembrou,
ainda, que iniciativas dessa natureza geram serviço,
empregos e receitas para os empreendedores, devendo
servir de modelo para os empresários de outras
regiões do Estado.
A vice-prefeita Maureen Cury teceu elogios à
“visão futurista” da Constroeste e em consonância
com a política federal de estímulo
às parcerias público-privadas. O secretário
de Meio Ambiente de São José do Rio
Preto, por sua vez, destacou o apoio e a orientação
técnica da CETESB e do Ministério
Público local, para a concretização
da iniciativa. Já o procurador de Justiça,
Ademir Peres, lembrou que São José
do Rio Preto é um dos poucos municípios
que está cumprindo a Resolução
283 do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente,
que cita claramente a responsabilidade inerente
dos geradores de resíduos, pelo seu tratamento
ambiental adequado.
Licenças
eletrônicas
Ainda na parte da
manhã, o diretor e gerentes regionais da
CETESB estiveram na sede da Agência Ambiental
de São José do Rio Preto, onde emitiram
e entregaram, aos representantes da Citrovita Agroindustrial
Ltda., pertencente ao grupo empresarial Votorantim,
e Usina Cerradinho Açúcar e Álcool
S.A., ambas sediadas em Catanduva, e da Fuga Couros
Ltda., de Jales, as primeiras licenças renováveis
no Estado de São Paulo.
O diretor Fernando Rei lembrou da importância
do ato, que a exemplo da recém-inaugurada
central de tratamento de resíduos de saúde,
estava sendo possível graças à
mobilização e iniciativas do empresariado
local, que tomou as providências necessárias
e se prontificou a atender as exigências da
CETESB, habilitando-se para obter as licenças
de operação renováveis. O diretor
destacou as inúmeras vantagens oferecidas
pelo sistema de licenciamento eletrônico,
principalmente com o ganho de tempo, economia de
papéis e maior eficácia na análise
e emissão das licenças.
Os empresários presentes, por sua vez, enfatizaram
a forma de trabalhar da CETESB e do Ministério
Público na região, com ênfase
para os aspectos de educação ambiental
e orientação técnica, promovendo
a conscientização das indústrias
e a cooperação de todos os setores
envolvidos.
Além das três empresas que estavam
com seus representantes presentes no encontro, uma
quarta, a Sonata Indústria e Comércio,
empresa de menor porte, sediada em Votuporanga,
também iria receber a licença renovável.
Entre outras metas estabelecidas para as empresas,
há itens que visam a redução
de poluentes e a otimização e minimização
do uso de água.
Posto em
Catanduva
Em Catanduva, o diretor
da CETESB anunciou a instalação de
um posto avançado da agência ambiental
e de uma estação de monitoramento
automático da qualidade do ar, com recursos
de compensação ambiental.
Participando do 1º Encontro Regional de Desenvolvimento
Ambiental, ocorrido na Associação
Comercial local, os dirigentes da CETESB se encontraram
com prefeitos empresários e industriais,
além de representantes do Ministério
Público.
A instalação do posto avançado
e da estação telemétrica está
sendo possível graças a recursos advindos
de processos envolvendo compensação
ambiental. No encontro, os representantes da Citrovita,
Usina Colombo e Usina Catanduva entregaram os comprovantes
de depósitos dos valores que vão possibilitar
essas instalações, até meados
de 2004.
Fernando Rei anunciou ainda a possibilidade de conversão
de metade do valor das multas aplicadas e não
pagas na região, em torno de R$ 8 milhões,
em investimentos em obras com significativo benefício
ao meio ambiente, principalmente tratamento de esgoto.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente
do Estado de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Mário Senaga
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