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EMBRAER
APRESENTA AVIÃO QUE SERÁ USADO
NO SIVAM
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2003
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Depois de oito anos,
entre planejamento e execução, a Embraer
entregou ontem o primeiro avião ALX Supertucano,
de 76 aeronaves, para a Força Aérea
Brasileira. As máquinas serão utilizadas
prioritariamente no Sistema de Vigilância
da Amazônia (Sivam). Entre as principais metas
estão: vigília e interceptação
de aviões que estejam envolvidos em operações
ilegais, tais como o tráfico de drogas na
região Norte do país e guerrilhas.
Mas pode, também, obter informações
sobre o meio-ambiente.
Algumas características do ALX ajudam a entender
como ele poderá colaborar na missão.
O aparelho está apto a carregar cerca de
1,5 tonelada de armamentos, de variados tipos, utiliza
câmera e vídeo digital para rastreamento,
apresenta sistema computadorizado de navegação,
o que diminui o trabalho dos pilotos, e encara ambientes
diversificados, como de altas temperaturas, umidade
e poeira: tanto de dia quanto à noite.
Foi construído, ainda, para treinamentos
básicos e avançados, inclusive durante
os vôos, o que deve gerar, segundo informações
da Embraer, economia nos custos dos exercícios.
De acordo com o presidente da Embraer, Maurício
Botelho, a aeronave vai permitir que o sistema de
defesa nacional, com o uso do ALX, seja reforçado.
“Foi o único avião preparado especificamente
para atender uma demanda brasileira”.
Supertucano fora do Brasil
No entanto, Maurício Botelho não descartou
que possa fazer sucesso no exterior. Lembrou que
na própria América do Sul, Oriente
Médio e Ásia o aparelho pode agradar.
Na Venezuela, inclusive, o governo local e a Embraer
estão acertando financiamento para concretizar
a venda de algumas unidades.
Botelho adiantou que a meta da empresa é
concentrar a produção de aeronaves
civis, tais como o Embraer 170 e 175, nas unidades
da empresa em São José dos Campos
e Botucatu, deixando a sucursal de Gavião
Peixoto por conta da aviação militar.
Projeções
O presidente da Embraer disse, também, acreditar
que o peso da receita obtida com aviões militares
cresça paulatinamente, chegando a 2007 a
aproximadamente 20%. Atualmente está na casa
dos 12%.
Quanto às restrições do governo
brasileiro a adquirir novas aeronaves da empresa
brasileira, em função do orçamento,
afirmou que o contingenciamento faz parte dos sobressaltos
do ramo e que a Embraer está apta a lutar
contra esse desafio. Acrescentou que tratando-se
de aviação militar, não há
como aumentar as exportações sem que
haja um reconhecimento da força aérea
brasileira. “Nós ganhamos respeito quando
servimos à nossa defesa. Aliás, somos
um braço tecnológico da FAB”, destacou.
O repórter viajou a convite da Embraer.
Fonte: Agência Brasil (www.radiobras.gov.br)
Murilo Ramos