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GREENPEACE
PROMOVE EVENTO SOBRE
CERTIFICAÇÃO FLORESTAL EM
PIRACICABA (SP)
Panorama
Ambiental
Piracicaba (SP) - Brasil
Dezembro de 2003
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"Vozes da Floresta",
realizado em parceria com Imaflora e Amainan, terá
palestra e música, além da apresentação
de um vídeo
A
Campanha Cidades Amigas da Amazônia
do Greenpeace realizará, no próximo
domingo (14/12), o evento "Vozes da Floresta",
no Sesc de Piracicaba. Com o apoio das entidades
Imaflora e Amainan, a programação
do evento inclui shows, a exibição
do vídeo "Vozes da Floresta -
a luta pela criação da Reserva
Extrativista Verde para |
Sempre",
palestras e uma exposição de
instrumentos musicais fabricados com madeira
certificada pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal,
na sigla em inglês). "Vozes da
Floresta", que será aberto ao
público, também contará
com a apresentação das banda
Maracangalha Beq e Casado e O Bando de Maria.
Os violeiros da banda Maracangalha Beq e Casado
abrirão o evento, que começará
às 15 horas, ao som de canções
brasileiras antigas, resgatando a música
de raiz. Sob o tema "A Ética da
natureza", a banda montou um repertório
de músicas que remetem a elementos
naturais, como o mar e a floresta, e a povos
tradicionais. O Bando de Maria fechará
o evento ao som de muito forró pé-de-serra.
O coordenador da Cidades Amigas da Amazônia,
Gustavo Vieira, fará uma apresentação
da campanha depois da exibição
do vídeo "Vozes da Floresta",
documentário de 30 minutos sobre a
luta pela criação da Reserva
Extrativista Verde para Sempre, no Pará. |
As
palestras sobre Certificação
Florestal serão ministradas por integrantes
das organizações Imaflora e
Amainan. A certificação é
uma ferramenta que promove o manejo florestal
sustentável, pois consiste em certificar
empresas que manejem plantações
e florestas nativas dentro do conceito de
sustentabilidade, envolvendo critérios
ambientais, sociais e econômicos. Desta
maneira, garante-se ao consumidor um controle
de que o produto florestal que está
sendo comprado provém de áreas
manejadas sem incentivar a degradação
das florestas. O manejo florestal, no caso
da madeira, significa monitorar o corte seletivo,
realizado em áreas já afetadas
pela atividade humana, utilizando técnicas
e conhecimento científico de forma
planejada para minimizar os impactos sobre
o ecossistema e proporcionar a regeneração
da floresta.
A ONG Amainan, com o projeto "Sons da
Floresta", promove a certificação
de instrumentos musicais. Os músicos
que participarão do evento tocarão
instrumentos fabricados pela Oficina Escola
de Lutheria da Amazônia, única
indústria-escola do país a fabricar
instrumentos com o selo FSC, que garante o
bom manejo da floresta. As bandas não
receberão cachê, em apoio ao
programa do Greenpeace Cidades Amigas da Amazônia.
"O FSC é a melhor alternativa
para promover a preservação
da floresta com sustentabilidade econômica
para os povos tradicionais. A criação
de reservas extrativistas é muito importante
para tornar isso possível", disse
Gustavo Vieira. "Os objetivos do evento
são divulgar o trabalho do Greenpeace
na Amazônia e mostrar para o povo do
sul do país o que os brasileiros da
Amazônia enfrentam na região".
Com a Campanha Cidades Amigas da Amazônia,
o Greenpeace pretende estabelecer critérios
na Lei de Licitações dos municípios
para as compras de madeira proveniente da
Amazônia. O programa foi apresentado
à prefeitura de Piracicaba no final
de novembro e está em fase avançada
de avaliação pela administração
da cidade. Sorocaba, Bauru e Campinas também
estão envolvidas com a implementação
do programa. |
Documentário
"Vozes da Floresta" chega a Piracicaba
Greenpeace apresenta vídeo para apoiar criação
de reservas extrativistas
O Greenpeace
apresentará no próximo domingo (14/12)
o vídeo "Vozes da Floresta - a luta
pela criação da Reserva Extrativista
"Verde para Sempre", em Piracicaba. O
documentário de 30 minutos, que reúne
depoimentos dramáticos de comunidades amazônicas
tradicionais da região do Rio Xingu (PA)
cujas terras são invadidas por empresas madeireiras,
será exibido às 15 horas, no auditório
do Sesc da cidade. ". Inteiramente produzido
pela equipe do Greenpeace que realiza trabalho de
campo na Amazônia, o vídeo também
apresenta casos bem sucedidos de comunidades que
encontraram nas Reservas Extrativistas o caminho
para sobreviver com dignidade. O vídeo "Vozes
da Floresta" mostra que a luta pela terra tornou-se
mais intensa - e muitas vezes violenta - em regiões
remotas da Amazônia. Com a crescente demanda
por novas áreas de terra para exploração
dos recursos florestais ou pecuária extensiva,
madeireiros, pecuaristas e outros especuladores
estão transformando estas regiões
em novas fronteiras sem lei. Um grande trecho de
floresta na região de Porto de Moz (PA),
pequena cidade localizada na margem direita do rio
Xingu, transformou-se em um campo de batalha entre
as comunidades tradicionais que habitam a região
e empresas madeireiras que passaram a ocupar a área
depois que os estoques de madeira foram esgotados
em outros centros produtores do estado. Ali, vivem
cerca de 15 mil pessoas cuja sobrevivência
depende dos recursos florestais e está baseada
na pesca, caça, agricultura familiar, extrativismo
e comércio dos produtos que recolhem na floresta.
Nos últimos anos, a chegada de madeireiros
e a disputa pelos recursos comunitários têm
gerado conflitos violentos. A falta de controle
na questão fundiária acirra a luta
pela terra e leva o Pará a apresentar o maior
índice de assassinatos ligados às
disputas de terra. Entre 1985 e 2001, quase 40%
das 1237 mortes ocorridas no Brasil aconteceram
no Pará, de acordo com dados da CPT (Comissão
Pastoral da Terra). A entidade também divulgou
uma lista de pessoas ameaçadas de morte.
Dos 78 nomes listados no Pará, oito são
de Porto de Moz. De acordo com lideranças
comunitárias, o primeiro passo para resolver
a situação é o controle da
questão fundiária. Desde abril de
2000, as comunidades lutam pela criação
de uma reserva extrativista na área, que
recebeu o nome de Verde para Sempre e tem aproximadamente
1,3 milhão de hectares. Uma reserva extrativista
é uma área protegida por lei, reconhecida
pelo governo federal, que garante que as famílias
que moram no local explorem os recursos naturais
da região de forma limitada e organizada.
"Este documentário é uma ferramenta
para conscientizar o público sobre as dificuldades
enfrentadas por cidadãos brasileiros em regiões
como Porto de Moz", explica Gustavo Vieira,
da campanha da Amazônia do Greenpeace. "Queremos
trazer um pouco dessa cruel realidade social de
áreas remotas da Amazônia ao cotidiano
das pessoas". O programa Cidades Amigas da
Amazônia, que visa estabelecer critérios
na Lei de Licitações para as compras
municipais de madeira proveniente da Amazônia,
foi apresentado à prefeitura de Piracicaba
no final de novembro e está em fase avançada
de avaliação pela administração
municipal. Sorocaba, Bauru e Campinas também
estão envolvidas no programa. "Ao deixar
de comprar madeira de origem ilegal e predatória,
que sustenta conflitos como os de Porto de Moz,
as "Cidades Amigas da Amazônia"
estarão contribuindo de maneira concreta
para um futuro pacífico e sustentável
para a floresta amazônica e seus habitantes",
conclui Gustavo Vieira. A exibição
do "Vozes da Floresta" faz parte do evento
promovido pelo Greenpeace com o apoio das entidades
Imaflora e Amainam, cuja programação
inclui palestras sobre Certificação
Florestal e exposição de instrumentos
musicais feitos com madeira certificada pelo FSC
(Conselho de Manejo Florestal, na sigla em inglês).
O evento, aberto ao público, também
contará com a apresentação
dos violeiros da banda Maracangalha Beq e Casado
e, fechando a programação, um show
de O Bando de Maria. Os músicos tocarão
instrumentos fabricados pela Oficina Escola de Lutheria
da Amazônia, a única indústria-escola
do país a fazer instrumentos com o selo FSC,
que garante o bom manejo da floresta. As bandas
abriram mão do cachê para apoiar o
programa Cidades Amigas da Amazônia do Greenpeace.
Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
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